Quando engravidamos, nos preparamos para muitas coisas: enxoval, quarto, fraldas. Mas ninguém nos diz que um dia o filho pode ficar doente. Claro, ninguém quer ser portador de má notícia, principalmente quando tudo à volta deve ser motivo para celebração.
Mas quando meu filho mais novo tinha 20 dias, em pleno Natal, o mais velho teve que ser internado, por causa de uma infecção, e por lá ficou até o dia 30 de Dezembro. Foi difícil demais, pois eu queria estar com ele e não podia, e quando estava - os 40 minutos que conseguia, diariamente - me preocupava com o bebê.
Mas quando meu filho mais novo tinha 20 dias, em pleno Natal, o mais velho teve que ser internado, por causa de uma infecção, e por lá ficou até o dia 30 de Dezembro. Foi difícil demais, pois eu queria estar com ele e não podia, e quando estava - os 40 minutos que conseguia, diariamente - me preocupava com o bebê.
Aí tudo melhorou, graças a Deus ele saiu e eu fiquei passada por muito tempo.
Seis meses depois, nesse último Junho, uma virose que atacou muita gente chegou aqui em casa, e pegou todos nós: mãe, pai, filho, bebê. E depois de 6 idas aos PS, uma pneumonia obrigou a médica a internar meu bebê, com apenas 6 meses, e nós ficamos lá por 6 dias, em isolamento, pois não sabiam exatamente o que tinha nos deixado daquele jeito.
Então eu fiquei pensando que mãe não pode ficar doente, pois mesmo com febrão, eu tinha que estar ali, inteira, pra cuidar do meu bebê. Mas também pensava que não era certo criança ficar tão doente, e internada, e que as mães que suportam hospitais, PS, UTIs, são heroínas, de verdade. Porque por melhor que seja o hospital, e ainda bem que podemos pagar um convênio que nos dê isso, a única coisa que a gente quer é estar na nossa casa.
Então me lembrei de amigas que tiveram seus bebês em UTI quando nasceram, em outras que passaram por sustos assim, e também pensei em tantas outras mães que nem conheço mas que suportam essa situação, de ver um filho doente e que fazem de um hospital uma segunda casa, seja por pouco tempo, seja por muito, em casos mais graves, e fiquei assim com uma grande angústia, pois essa impotência é muito pesada.
Depois que a gente é mãe, passa a se emocionar com notícias sobre crianças, e criança e doença não deveriam ser conjugados na mesma frase.
Também me lembrei da mãe de uma amiga que me disse que depois de passar pela doença com a filha, tinha se posto em segundo plano, e nunca mais tinha conseguido ser vaidosa como era antes. Sim, porque depois que a gente vê um filho doente, a gente percebe que nada é mais importante do que vê-lo saudável, disposto, inteiro. Nada mesmo.
Então esse post é pra desabafar, mas também pra homenagear todas nós, guerreiras que somos ao passar por essas situações e sairmos delas vivas. Traumatizadas, mas vivas.