quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Realmente ando sem tempo...

Olha, não é má vontade, nem falta de assunto, é falta de tempo mesmo. Com aniversário de filho batendo à porta, coleção nova na cabeça, cachorro doente e ainda ter que ser dona de casa, mãe, e, luxo total, ainda querer fazer ginástica (madame é isso aí!), não tenho conseguido me dedicar ao blog. Mas como não deixo de ouvir música, hoje vou pôr algo bem calminho e romântico para ouvirmos, ok? É para combinar com o tempo lá fora...Depois coloco uma mais animadinha...
Por enquanto, se quiser ouvir (Keane - Everybodys´s changing), vá lá:

http://www.youtube.com/watch?v=AC08xwrQ5gU

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nem precisa falar nada...

Hoje não tenho tempo de escrever, mas não posso deixar de compartilhar a música que estou ouvindo: quebra tudo!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Criadores e criaturas

Vejam só, sem falsa modéstia, que não presto para fazer esse tipo, as roupas realmente ficaram muito lindas, e o melhor: a próxima “coleção”, ou seja, as próximas roupas que estamos fazendo, estão ficando ainda mais lindas. Estou realmente apaixonada, sabem?
Minha sócia tem certo receio (não infundado, claro) de que eu desista de tudo, desse lance de vender, de comprar, lidar com a grana, etc. Ela acha que vou surtar e largar tudo pelo meio do caminho. Sim, eu sei, já fiz isso outras vezes, mas dessa vez posso dizer que é totalmente diferente, e por um simples motivo: realmente me encontrei na vida. Até sinto que mudei, estou mais desapegada das coisas, das pessoas, sei lá, parece que finalmente encontrei meu lugar no mundo.
Antes só sentia isso sendo mãe do meu filho. Ali eu sei que é meu lugar, e para sempre será, ainda bem. Mas não é sobre ser mãe que estou falando, vocês me entendem. Nesse sentido sou super realizada já faz tempo (quase 3 anos!).

A coisa pegava era na realização pessoal/profissional. Para aquela famosa pergunta “O que estou fazendo da vida?”, já tenho a resposta: “Sou estilista, sacoleira, blogueira, já tenho um legado deixado por aí!” Não preciso mais das coisas outras para me sentir viva, minhas criações me fazem viver intensamente, e não preciso estar agarrada a elas para isso. Só de saber que já tem por aí uma mulherada estilosa, bacana, querida, usando as roupas que fiz com minha sócia, já ganho o dia, todos os dias.

E ao saber que vocês (homens e mulheres, no caso) estão lendo o blog, gostando, odiando, rindo, enfim, estão aqui comigo, putz...
Momento piegas total: eu tenho que agradecer as amigas, clientes, "revendedoras" e também aquelas que ainda não são clientes (mas serão, pois todo mundo vai vestir ao menos uma peça “Mulher ao cubo” – modesta que só, hein?) e também aos amigos que apesar de não serem possíveis clientes (ainda não tenho amigos que se vestem de mulher...) me acompanham e torcem por mim.

Peguem o lencinho: sem vocês eu não seria nada!!!! Muito Obrigada mesmo!!!!

Música do dia

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mudanças e descobertas...

Após insatisfações com o blog do Terra, que não permite que as pessoas postem comentários no blog por uma falha no layout que eles não conseguem (ou não querem?) resolver, apesar de ter aguardado a solução, resolvi mudar de casa, e isso sempre dá trabalho...
Fui (ou vim?) para um endereço no blogspot, onde espero que todos consigam postar os comentários facilmente.

Não acabarei com o arquivo do Terra, o que ficou ainda estará por lá, mas esse é o meu novo endereço: http://www.blogmulheraocubo.blogspot.com (podem gravar no favoritos, tá?). A partir do próximo post, só nesse endereço.

Também não tenho escrito por isso, afinal mudanças sempre exigem da gente, e tive que empacotar todos os textos, etiquetar, desempacotar, ver se não tinha quebrado nada e colocar no lugar certo...Depois pintei as paredes, decidi onde penduraria os quadros, aquilo tudo enfim...

Mas estou aqui, e voltarei a escrever. Aliás, não consigo mais parar mesmo...

Antes de ir, não posso deixar de recomendar dois blogs, que apesar de serem da mesma pessoa (Cris Guerra), são totalmente distintos: http://www.hojevouassim.blogspot.com (já é bem conhecido no meio da moda, mas como eu mesma acabei de descobrir, estou recomendando) e http://parafrancisco.blogspot.com (nesse eu recomendo lenço e tempo, pois chorei lendo os posts, sem dramalhões, é que é bonito à beça, tanto que emociona).

Depois me digam o que acharam do novo endereço e das indicações, valeu!!!

Sou feliz, mas não sou a alegria em pessoa...

Preciso esclarecer algo sobre o último post, para não ser injusta com a vida e com tudo que ela me dá: quando disse que não sou “a feliz”, não quis dizer que não sou feliz, mas sim que não sou aquela alegria, “a simpática”, enfim, aquela que está sempre sorrindo e sendo amável.
Não sou "fofa", meiga, boazinha. Aliás, se um dia alguém me disser que sou boazinha, ficarei triste demais.
Mas sou feliz, e muito. Tenho tudo que preciso e sei ser agradecida a tudo que tenho, e também ao que eu não tenho, afinal certas privações também nos determinam a vida. Sempre penso que o importante das escolhas, são, no fundo, as renúncias que fazemos ao escolher certos caminhos. Ao escolher algo, sempre renunciamos a outros "algos", e é aí que está a importância da decisão. Depois falo mais sobre isso, que é um assunto que sempre me encanta e que está constantemente em minha vida, afinal vivo fazendo escolhas e mudando totalmente a trajetória da minha vida...

Tudo é mesmo um emaranhado...

Decidida então a encarar uma nova empreitada, precisei escolher um nome para a marca, e comecei a fazer um brainstorm (será que ainda se usa essa expressão?) até achar algo que considerasse bacana. Quando pensei em “Mulher ao cubo”, pensei nisso: uma roupa bem feminina, nada vulgar, e que também fosse como as mulheres que conheço são: multitarefa, sempre. Procurei na internet, vi que o nome ainda não existia, e resolvi criar o blog para também ser um espaço para divulgar a marca e as criações. Mas aí comecei a escrever e não consigo mais parar...
Nesse assunto de multitarefa, não posso deixar de comentar uma piada de Mark Gungor que está na internet (http://www.youtube.com/watch?v=GuMZ73mT5zM) e que também foi comentada num artigo da jornalista Cynthia de Almeida (Revista Criativa - Julho/09). Vejam o vídeo, a piada é muito boa!
A idéia é a seguinte: os homens têm cérebro-caixa e as mulheres, cérebro-novelo (não, não, vocês não leram novela, não obstante se encaixar perfeitamente em alguns casos...). Enquanto para eles todos os assuntos ficam divididos em caixas, que não se comunicam entre si, nós fazemos mil relações entre todos os assuntos, “tudo conectado com tudo”, uma hiperconexão em nossa cabeça.
Acho que foi uma das melhores definições que já ouvi sobre isso, e o melhor: tudo fica mais leve quando tiramos um sarro de nossos defeitos. Agora, se você é mulher e não gostou da piada, não deu uma risadinha, ou começou a se explicar ou dar sermão, fiquei com preguiça de você...
Sei que para os homens é muito importante uma companheira bem humorada (obrigado, amigos, pelas confidências) . Sei que não sou “a feliz” (longe disso, aliás), mas realmente viver ao lado de alguém azedo, que só faz drama, complica tudo ou que não admite errar é complicado...tudo fica difícil...
Olha aí: eu preciso ter foco! Como saí totalmente do assunto que comecei (quem me conhece, sabe que é normal) e o post já está imenso, depois escrevo mais...

Eu, sacoleira??? Pode ser melhor: sacoleira, mas estilista também!

Foi aquilo mesmo que aconteceu: as idéias de roupas começaram a vir, sem parar, não só de modelos, mas de tecidos, detalhes, cores...Nossa, realmente comecei a acordar de madrugada, não conseguia nem mais ler um livro ou fazer outra coisa, era só nisso que pensava.
Então fui me aconselhar com pessoas experientes do ramo, que também estão na minha vida por outros motivos e são muito importantes para mim (família a gente também escolhe, né?), e o conselho que recebi foi: saia fora, confecção é ramo para loucos, continue estudando para os concursos, que é muito mais garantido e seguro.
Aí, falei com minha mãe, que disse: “Tente, você não vai conseguir estudar sossegada sem ao menos tentar, faça algumas coisas, venda, veja como fica. Se não der certo, ao menos você sabe que teve a iniciativa. Sei que é clichê, mas realmente nesses casos a gente deve se arrepender do que não fez...”
Sabe, eu sempre tive muitos problemas com minha mãe, e até hoje os tenho, mas posso dizer que ela amadureceu nos últimos tempos (eu também, é claro) e tem assumido mais seus próprios erros, tentado fazer menos drama, e isso tem nos aproximado. Sempre senti muita falta da “mãe”, porque ela nunca foi de dar colo, puxar a orelha, ela sempre foi aquela mãe “amiga”, que ao invés de aconselhar começa a contar sua própria história, mas hoje acho que sou mais paciente, também aprendi a reconhecer que fui uma filha difícil e ainda sou, nunca somos vítimas de nada. Ela sabe que quando acontece algo comigo, eu corro para ouvir seus conselhos, mesmo que eu não os siga, mas às vezes os sigo e dá muito certo.
Então, quer saber? Estou arriscando! Não sei até onde isso vai me levar, mas estou fazendo. Não precisamos fazer grandes investimentos, pois minha cunhada já tem as máquinas, e não vamos vender para lojas, eu mesma estou sendo a vendedora, um negócio porta-a-porta mesmo, sem glamour, para ver a reação da mulherada. Até agora, estou feliz da vida!

O que não faz uma liqüidação da Zara...

Aí começa a história que vivo hoje: tenho uma cunhada super competente, costureira, que cansou de ser explorada pelas confecções, pois ela ganhava muito pouco, ao mesmo tempo que vemos preços exorbitantes para o consumidor final. Sempre a incentivei a fazer coisas e vender, ela mesma, mas não acontecia. Ano passado ela quase ficou sócia da minha melhor amiga, mas também acabou não acontecendo. Essa minha amiga acabou virando uma agente de viagens com uma idéia bem diferenciada, e está muito bem nos negócios. Aliás, quem quiser viajar pode acessar o site dela: www.charmingescapes.com.br que vai fazer bom negócio. (depois eu cobro a comissão, tá?)
Bem, no dia seguinte àqueles conselhos, peguei minha cunhada e fomos passear na Zara, e era bem um dia de liquidação, então ela pôde ver como a mulherada fica louca numa ocasião dessas (sei que vocês me entendem), e também comecei a mostrar uns sites bacanas, tipo Adriana Barra, Isabela Capeto, Ronaldo Fraga, Farm, enfim, todos entenderam...
Então ela me falou: “Por que a gente não vira sócia? A gente se complementa, cada uma oferece o que tem, eu a experiência, você as inspirações.” Bem, a idéia me seduziu, mas também me deu medo, afinal, não tinha nem idéia do que fosse uma galoneira, reta, tecido plano, etc. Ela disse: “Pense na proposta, mas se as idéias começarem a brotar em sua cabeça, de madrugada, e você não conseguir mais parar de pensar nisso, é sinal que o “bichinho” da confecção pegou você. Eu sei porque foi assim comigo, há muito tempo”.
E hoje, aproveitando que é aniversário dela, queria agradecê-la por estar sendo minha parceira nessa nova empreitada na minha vida, e mais do que isso, ser uma pessoa tão especial e estar ao meu lado no caminho que começamos a trilhar, que espero e acredito seja de muito sucesso!

Conselho de Avó

Bem, a primeira coisa que devo dizer é que se há muito não escrevo, há uma razão: férias que não acabam, e filho exige muuuito da gente...não estou reclamando, é apenas um fato, e todos sabem: contra fatos não há argumentos...
Mas quanto ao meu “empurrãozinho”, estava eu dizendo àquela senhora que meu desejo mesmo era ficar rica e não trabalhar mais, só estudar, fazer cursos, enfim, vida de madame com cérebro, entendem?
Mas ela me interpelou, indignada: o que é isso? Uma pessoa tão jovem, já querendo se acomodar? A vida oferece muito, não dá para ficar vivendo como madame! Eu tentei me explicar, dizendo que já tinha feito demais, trabalho desde os 14 anos, enfim; mas começamos a conversar, e ela disse que eu a emocionei, por fazê-la pensar naquele velho dilema: o que fiz de minha vida? Qual seria meu legado moral? Mas, com toda a trajetória dela, se ainda havia tais questionamentos, realmente ali estava uma mente inquieta, e foi nisso que me identifiquei. Ela então me aconselhou: ache algo que você goste, e faça, pois seus olhos dizem que você não vai continuar parada, sendo “apenas mãe”. Eu lhe confessei que não sentia mais prazer no Direito, mas também não havia outra ocupação que naquele momento me interessasse.
Eu tinha que achar uma profissão pela qual eu me apaixonasse novamente, que me deixasse encantada, com brilho nos olhos. Naquele conselho, vi minha avó falando através daquela senhora, minha avó que se foi no fim do ano passado, mas a quem eu devo tudo que sou.

Estudar para concurso?!?!?!?

Bem, o primeiro projeto que veio à minha mente foi voltar a estudar para concursos, afinal já tinha dedicado quase quatro anos da minha vida a isso, fora o tempo da faculdade, então acreditei que esse fosse o melhor caminho. Já tenho OAB, os livros estão aqui, já trabalhei no Ministério Público... Assim, quando meu filho começou a ir para a escola, voltei a estudar, em casa mesmo. Mas muitas coisas desanimavam: as mudanças todas das leis e dos editais (apesar do pouco tempo sem estudar), a desilusão com os ideais, me imaginar novamente no meio de tanta gente vaidosa e dona da verdade... Nossa, o Direito é muito cheio de donos da verdade, todos têm suas teses definitivas, e (quase) sempre se julgam superiores. Mas o concurso garante sua vida em termos financeiros e de estabilidade, e era nisso que eu me concentrava.
Sabe, eu sempre quis mudar o mundo. Um amigo que foi meu chefe chegou a me dizer que o meu problema era ser idealista demais. Acho que sim, é isso mesmo; então me concentrava no lado prático da coisa e seguia estudando. Mas o estudo é frustrante, pois enquanto você estuda, e eu sempre dizia isso no cursinho, você não se sente fazendo algo. Se você morresse ali, o que escreveriam em sua lápide? “Seria uma futura delegada, se tivesse conseguido passar?” Enfim, é uma trajetória árdua realmente, pois você não vê frutos enquanto não conseguir tomar posse no cargo almejado...
Mas mesmo assim eu continuava lendo os Códigos, afinal não tinha pressa em passar; mas tudo me parecia muito distante, e isso também desanimava...comecei a pensar: será que nasci para ficar em casa? Não que eu ficasse só em casa, mas vocês me entendem, aquela vida de motorista particular de filho...Até que uma senhora, do alto de seus 84 anos, me deu uma valiosa lição...

Ser mãe, e "só isso"?

Na verdade, eu nem imaginava que tipo de mãe eu seria, e sei que todos que me conheciam também se preocupavam com isso. Não sou do tipo maternal, que mexe com crianças em mercados, que pede para carregar no colo, enfim, nunca tinha trocado uma fralda até então, mas a responsabilidade e a paixão por aquele bichinho que depende de você mudam tudo.
Nunca imaginei que seria uma dona de casa feliz, que leva filho para a escola, faz lanche para os amiguinhos, almoço, janta, mercado, tudo aquilo enfim, mas realmente não tenho do que reclamar. Entretanto, a gente começa a se sentir inútil, aquela pergunta “o que eu estou fazendo da minha vida, para mim?”, começa como um sussurro, mas depois começa a berrar diariamente em sua cabeça.
E eu precisava de uma resposta satisfatória, afinal. Principalmente depois que meu filho começou a ir para a escola, e comecei a ter um tempo para mim, mesmo que pequeno. Eu não ia conseguir me satisfazer só fazendo o papel da dona de casa, daquela que preferiu se encaixar num papel e se esforça todo o tempo para reproduzir o estereótipo.
E qual seria a solução?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Até agora, quem eu fui...

Bem, tenho lido por aí que as pessoas que escrevem blogs devem se apresentar, e como não fiz isso ainda vou dizer algo a meu respeito, acho que em ordem cronológica, porque infelizmente não sou nenhum Nelson Rodrigues, que escreveu sua autobiografia sem pensar no tempo das coisas.
Com 13 anos quis viver em uma comunidade hippie em Visconde de Mauá (eu sei, eu sei; apenas uma criança). Até consegui por pouco tempo, mas meus pais conseguiram me resgatar. Com 14/15 fui exportada para a casa dos meus tios, mas pouco fiquei por lá, até ir para a casa da família de meu namorado, um pouco antes dos 16. Mas terminamos o namoro quando me apaixonei pelo vocalista da banda dele, e aí fui morar numa pensão. Depois voltei a morar com meus pais, mas com 17 anos já estava morando sozinha (1994/1995), e assim foi até me casar.
E como sobreviver? Bem, minha primeira formação foi como Técnica em Nutrição (GV!!! 1995), depois trabalhei com informática (Data Byte - “um aluno por micro”) e escrevi um livro (Access 2000, hoje deve servir para reciclagem). No final do século passado, fui trabalhar na Livraria Siciliano, foi muito bom, mas saí e fiquei apenas estudando, pois já tinha me formado em Direito e queria prestar um concurso. Meu último emprego foi no Ministério Público Federal, um local que eu sempre sonhei em estar, mas também acabei saindo em 2005, para estudar para outro concurso, mas não trabalhei mais, porque em 2006 engravidei e desde então tenho sido mãe em tempo integral.
Como se pode ver, realmente eu já mudei de rumo várias vezes, e até agora posso dizer que em todos fui feliz, cada um em seu tempo, todos deram prazer, mas depois enjoaram. Sempre admirei aquelas pessoas que, minúsculas, já sabem o que serão “quando crescer”. Até agora, só não enjoei de ser mãe, até porque isso passa a fazer parte de quem a gente é, e por mais clichê que isso possa soar, e eu não goste dos lugares comuns, é um caminho totalmente sem volta.

A inquietude dentro da gente...

E é essa mulher possível que tento ser, assim como a grande parte das mulheres com as quais convivo. Não somos um estereótipo, somos nós mesmas. Somos mães, mas também somos mulheres, namoradas, às vezes Amélia, às vezes paparicada, e sempre assumindo que a imperfeição faz parte da gente, assim como a insatisfação constante, que faz sempre a gente buscar novos caminhos.
O que me trouxe até aqui foi a inquietude, que sempre esteve dentro de mim. Se muitas vezes mudei de rumo, de profissão, de jeito, foi essa inquietude, essa indignação. Quem sabe até onde irei por este caminho que agora comecei a trilhar? Se neste caminho eu conseguir amansar um pouco esse desassossego, se essa inquietude se pacificar ou ganhar algum significado, tenho certeza que esse caminho será, para mim, extremamente promissor.
O que é esse caminho? No próximo post explicarei melhor, agora tenho que ir, outros deveres me chamam (literalmente)!

Mulher possível?

Se você é homem, e acredita que sua mulher é linear, desculpe-me: ou você está sendo enganado e ela disfarça muito bem, ou você não quer enxergar todas as mulheres que estão aí ao seu lado. Ou pior: você está com uma parede, cujos neurônios limitam-se a pensar (???) sempre do mesmo jeito.
Eu sei; você pensou: “se é difícil agüentar uma, e esse monte???” mas amigo, acredite, a melhor maneira de lidar com todas elas, se é isso que você quer, é não esquentar. Se hoje ela quer ver uma comédia romântica, tudo bem, não precisa assistir junto (sei que aí é pedir demais), mas também não questione o QI feminino só pelo fato dela chorar e sorrir vendo aquela baboseira.
Mas a gente sabe que, hoje em dia, há espaço para tudo. Ou seja, se você quer ter ao seu lado “a gostosa” ou “a submissa” (ou melhor, pode juntar as duas?), enfim, você já entendeu, parabéns para você! Se isso lhe faz feliz, é o que basta. E ela? Bem, sinceramente, ela não me preocupa, porque se existe alguém que se presta a fazer o papel de troféu, ela nem merece que você pense na felicidade dela, sinceramente.
Como todos já devem ter percebido, não sou feminista, naquele sentido da palavra de queimar sutiã na praça (até porque isso já passou faz tempo), mas porque também acredito que a gente só acumulou papéis, exigindo-se perfeição em todos, e, vamos falar a verdade, não devemos competir com os homens. Cada um com suas coisas, nós com nossos hormônios, eles com os pensamentos racionais.
Mas acho que hoje temos por aí uma mulher mais real, mais possível, como Isabelle Anchieta, jornalista, que fez uma pesquisa e a esclarece em http://quartamulher.blogspot.com/.
E é com essa mulher que o homem bacana deve saber lidar, e acredito que muitos já sabem. A esse respeito, o melhor conselho é o de um homem, o Fernando Bonassi, escritor, em seu artigo “Para fazer com uma mulher”. Conquista qualquer mulher. Mulheres, digam se estou errada, por favor!
Depois falo mais sobre todas essas que nós somos, todas que estão dentro da gente...

Aqui estou!

Bem, se até agora demorei em escrever um blog, não estou no twitter, nem no facebook, muito menos no orkut, é porque sempre duvidei da capacidade de pessoas que nem lhe conhecem, que nem ao menos nunca lhe viram, se interessarem pela sua vida.
Mas, neste momento, que estou começando uma nova empreitada, resolvi começar a escrever. Quem sabe o que pode acontecer?
Não pretendo usar clichês, não serei a “Bridget Jones de São Paulo” (até porque essa já existe, a Tati Bernardi, e acho ela ótima), não serei a “mulher sensível que aos 30 e poucos anos (no caso, 32) procura um companheiro bacana e que não tenha medo de mulheres fortes” (porque sou casada e não pretendo descasar) ou “estou em crise existencial e quero dividir com todos minhas angústias”... putz, que preguiça desses padrões...
Agora, se o que lhe fez ler esse blog foi seu título, esclareço suas razões: se você é mulher, provavelmente já entendeu a idéia, afinal, nunca somos uma só, nem fazemos uma coisa por vez. Estamos aqui, mas também estamos pensando em outras coisas, fazendo outras coisas, até mesmo lendo sei lá mais quantos blogs... Hoje acordamos romântica, amanhã punk, e até o final de semana, sabe-se lá quantas ainda passarão por dentro de nós. Somos assim, e ponto. Isso não é fruto de crise existencial. Isso é o que somos, e sempre seremos, mesmo quando chegarmos à quarta idade.
E para os homens? No próximo post falo sobre isso...