sábado, 15 de março de 2014

Para a vida fluir

Hoje o post é da Convidada Carol! O perfil de todas as Convidadas você vê aqui.

2014 chegou, num piscar de olhos Abril já está dando o ar da graça e mais uma vez estamos quase na metade do ano.

Quando o ano começa e também quando vai chegando ao fim pensamos em promessas, novos desafios, oportunidades, metas novas, antigas e as que não foram concluídas, sentimento de esperança, de acreditar, aceitar, renovar, ter fé, confiar... Muitas palavras, pensamentos, desejos e votos para que o ano seja inesquecível.

Quanta coisa para pensar e planejar! Será que precisamos esperar o ano terminar ou começar para transformar?  Será que precisamos planejar tanto? Afinal, alguns (ou muitos) acontecimentos são imprevisíveis...

Claro que não é preciso ser radical mas sim encontrar o ponto de equilíbrio para que a vida flua. Planejar sem criar expectativas e ter cautela pois temos uma voz interna que nos assopra uma "dica", mas que muitas vezes ignoramos e por isso precisamos de atenção em nós mesmos para que tenhamos serenidade para recalcular a rota quando houver necessidade.

Enquanto isso é nossa obrigação viver, aceitar os momentos presentes e procurar fazer coisas que nos proporcionem o bem estar porque a felicidade já está dentro de nós!


Carol, publicitária, workaholic e que está aprendendo a sentir cada momento porque a vida é simplesmente incrível! Quer falar comigo? anacarolsp@hotmail.com

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Boas lembranças

Hoje o post é da Convidada Ana Carolina! O perfil de todas As Convidadas você vê aqui.

Quando eu me preparava para escrever um texto sobre as férias escolares nosso gatinho, que já estava doente, morreu. E como contar isso para as crianças?

Minhas crianças com Led e Meg
Parece clichê, mas o Led era mesmo um membro da nossa família. Nos seus últimos momentos me vi em uma das cenas finais de "Marley & eu", quando a personagem de Jennifer Aniston diz que Marley foi o início da família. A minha família também começou assim, há quase 15 anos.

O Led foi diagnosticado com um osteosarcoma (câncer) na face no dia 10/06/13 e faleceu no dia 13/01/14. Foram 7 meses de tratamento oncológico, dedicação e esperança apesar de ser considerado um tumor muito agressivo. E as crianças? Como falar da doença e prepará-los para perda do Led? A decisão foi não esconder nada deles e participá-los, sempre que possível, do tratamento e da evolução da doença. Nesse período o Led era rei, podia tudo, recebia muito mais carinho e as crianças sempre estava com ele.

No veterinário, a despedida
Ele sempre reagiu muito bem ao tratamento, mas, em uma manhã de sábado, com uma crise de dor aguda, foi internado, precisou de oxigênio, teve uma convulsão na noite de domingo, entrou em estado comatoso e na segunda faleceu. Foi tudo muito rápido. No domingo levamos as crianças para vê-lo, não queria admitir, mas já imaginava que era uma despedida... de noite, em casa, nos reunimos e rezamos pedindo à São Francisco que cuidasse bem dele e que acontecesse o que fosse melhor para ele. Já estávamos preparando as crianças para o pior.

Na segunda feira, antes da eutanásia, pedimos para o Heitor (meu caçula de 5 anos) um dos seus cobertorzinhos dizendo que o Led precisava dele porque estava com frio (na verdade, foi usado para enterrá-lo) e ele disse: "claro né, mãe!". O corpinho dele foi enterrado na mata ao lado da casa da minha irmã onde estão todos os animais da família, o que nos conforta, pois estão todos juntos, perto de nós, e as crianças podem "visitá-los" quando quiserem.

Depois de enterrá-lo, voltamos pra casa, era hora de falar com as crianças. A verdade foi dita. O Led estava muito doente, sentia muita dor, nem conseguia ficar mais em pé.... não voltaria mais para casa, havia morrido e teríamos mais uma estrelinha no céu. Eles choraram muito, muito mesmo.... falamos que eles poderiam chorar o quanto quisessem e sempre que tiverem vontade, que a saudade, o amor e as boas lembranças sempre vão existir. Nessa noite dormimos com as crianças... eu e a Helena (minha filha de 9 anos) acordamos chorando, juntas.

No dia seguinte, tive a ideia de cada um da família escrever um recadinho para o Led na lousa que as crianças brincam de escolinha e virá-la para o céu para o Led poder ver. Acho que isso acalmou o nosso coração (e só apagaram a mensagem para brincar depois de um mês e com muita insistência minha).

Agora nossa atenção é toda para a nossa outra gatinha, a Meg, que também está sentindo muita falta do seu companheiro. A saudade é muito grande e sempre existirá, mas não é maior que o amor que sentimos por ele.

Ana Carolina, casada, mãe em tempo integral, mulher em busca de um recomeço...
Quer falar comigo? http://www.facebook.com/anacarolina.secklerhassenpflug ou anacarolsh@hotmail.com

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Guest Post: Relações

Hoje o post é da Convidada Sueli! O perfil de todas As Convidadas você vê aqui.

Janeiro já chegou em sua segunda semana...E vou contar um pouco de uma data especial para mim!

16 de janeiro de 1994, 17:30 em SP, e 17 de janeiro de 1994, 5:30 no Japão: sofri um acidente de carro bastante sério, perto da Avenida Paulista. Minha irmã perdeu parte da visão. Eu estava de viagem marcada para o Japão, onde iniciaria os estudos sobre história da arte japonesa em abril do mesmo ano.

Fui para o Japão e o triste episódio ficou no passado. Um ano depois, "coincidentemente", 17 de janeiro de 1995, 5:30h: acontece o terremoto em Kobe. Sim, aquele mesmo que comoveu o mundo! E eu estava lá, em Kobe!

Dois acontecimentos sérios e negativos ocorreram em minha vida no mesmo dia, mês e hora, separados apenas por um ano. Não dá para ignorar a coincidência ou relação da data.

Com essas informações, imaginem como foi a chegada deste dia nos anos seguintes... Por isso, evitava ao máximo pensar e me recolhia. Foi dando certo.

Em maio de 2004, passados pouco mais de dez anos do acidente, descubro que estou grávida! Nascimento previsto para o final de Janeiro de 2005. 

Mas minha filha não quis esperar e resolveu nascer exatamente no dia 17 de janeiro de 2005, dez anos depois da catástrofe do terremoto em Kobe.

Coincidência?

A única certeza que tenho é que 17 de janeiro, uma data temida e que considerava indesejada, teve um re-significado para mim. 

17 de janeiro de 2005, o nascimento de minha filha, o dia mais feliz de minha vida! 

Depois desta data, todo 17 de janeiro é um dia de muita alegria e comemoração! E então, como não pensar sobre as mudanças (boas) da vida?

Sueli Issaka, designer gráfica e ex-workaholic, adora curtir as coisas simples da vida! sueliisaka@uol.com.br