sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ainda existe Dia do Professor?

Quando era criança, o Dia do Professor era muito valorizado. Fazíamos questão de dar um "presente" para a professora, e as mães não esqueciam da data.

Essa semana, me surpreendi ao ver o bombardeio de propagandas de brinquedos e a super valorização do consumo para nossas crianças, e nenhuma menção, nenhuminha, ao Dia do Professor.

E as mães da minha geração, ainda valorizam o Dia do Professor? Para mim, comprar o presente para os professores (da escola e da natação) com o meu filho não foi um incentivo ao consumo. Foi apenas uma forma de demonstrar gratidão, de reconhecer o importante papel deles na formação de meu filho. É apenas aquele gesto simbólico para dizer: "lembrei de você!"

O professor da natação parecia nem acreditar no gesto. E isso também me surpreendeu. Não seria "normal" ele ganhar presentes, sendo um professor?

Como acredito mesmo no "Estudar vale a pena", não posso acreditar nisso sem pensar no importante papel do professor, tão desvalorizado hoje em dia.

Será que estou fazendo um papel que não cabe mais, hoje em dia? Saiu de moda lembrar do Dia do Professor? 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

É um favor?

Por que ainda pedimos ajuda? Não, não estou lutando pela auto-suficiência. Já absorvi que somos feitos para viver em grupos, e isso é positivo.

Estou falando da relação com os maridos. Nós avançamos, eles também, não parece mais haver papéis estagnados.

Mas ainda estamos sobrecarregadas, no geral. E sei que esse post não mudará a situação, apenas escrevo porque vejo que é algo que está na cabeça de muitas de nós.

Enquanto eu ainda não trabalhava formalmente - e queria muito conseguir um emprego - uma amiga disse: "Você só vai acumular funções, vai ver. Não vai ser pelo fato de trabalhar numa empresa que as suas responsabilidades com a casa e com a prole vão diminuir." E ela tinha razão. Mesmo quando trabalhamos, se o filho fica doente, quem sacrifica o dia de trabalho, em geral, é a mãe, e parece que nem há o que se pensar. Será a mãe que ficará com o filho, e pronto.

E eu nem posso reclamar, porque tenho por aqui um super-marido-pai presente e participativo. Mas ainda assim, me vejo pedindo "favor", quando falo: "Você pode escovar os dentes dele hoje?" ou "Precisarei que você fique com ele para que eu vá num evento profissional, nessa semana."

Será que um dia isso será mais equilibrado? Ou mãe é mãe, e pronto?