quinta-feira, 31 de março de 2011

Inércia e movimento

Eu já tive depressão. Não foi uma única vez. Já tive que tomar remédio, e até escrevi sobre isso.

Do final do ano pra cá, tive novamente. E minhas reiteradas crises alérgicas (3 semanas em 4 no hospital) não ajudaram muito. Mas me ajudaram a perceber que não era aquilo que queria.

Os amigos se preocuparam, ajudaram, até me buscaram literalmente. E eu decidi que viveria um dia de cada vez. Como os AA, em seus ensinamentos. A cada dia, lutaria contra o desânimo, a vontade de ficar na cama, a falta de vontade de sair, falar, ligar o computador. Todos os dias, tentaria fazer o melhor que poderia, praquele dia.

E pode parecer até muito simples, mas foi a solução. E de repente surgiu uma idéia que me empolgou, alguém precisou de mim para alguma coisa e me senti ótima podendo ajudar, e de repente surgem oportunidades que eu nem poderia imaginar.

Porque da mesma forma que quanto mais ficamos isolados, mais nos isolamos, a vida é ação e movimento, e quanto mais fazemos, mais chances de agir surgem.

Eu já disse que amigos são como anjos. Eu os tenho em minha vida. Às vezes nem são de longa data, mas trazem algum componente essencial da amizade (preocupação, carinho, estímulo, companheirismo). Eu não vou citá-los nominalmente, mas eles sabem quem são. Obrigado a todos!

E, se falo sobre isso, penso em também poder ajudar alguém, que de repente esteja se sentindo assim. Eu consegui. Um dia por vez. Vamos lá?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Reencontro de turma

As redes sociais têm motivado um outro fenômeno: o reencontro de turmas de colégio, faculdades e afins. Pessoas que há anos não se viam ou nem podiam imaginar o rumo, conseguem se achar nas redes, sempre tem um com a iniciativa de marcar um encontro, e aí vamos nós, voltar no tempo.

Pode-se até falar um pouco do presente, se casou, mudou, teve filhos, seguiu carreira ou não, mas esses reencontros são uma volta ao passado, todos reativando as memórias e rindo de tudo.

As mulheres, sempre preocupadas com o peso. Os homens, acredito que mais preocupados com a carreira, se estão ou não bem sucedidos em sua área. No geral todos parecem felizes - até porque ninguém quer parecer um derrotado infeliz. Queremos parecer bem, para aquelas pessoas que nos conheceram há tanto tempo.

Mas o melhor é perceber que conseguimos, através das lembranças, viver de novo um tempo em que éramos intocáveis, agora nos parece. Em que todas as possibilidades estavam abertas, era só querer seguir por um caminho. Ver que pessoas que não se viam há muito, voltam a ser íntimas em 5 minutos. Porque nos conhecemos numa época em que éramos apenas pessoas se descobrindo, sem cargos, status, carros. Éramos muito mais ser do que ter. Estamos num momento em que ter parece ser mais importante. Mas aí voltamos praquele tempo em que só o ser nos preocupava.

Se atingimos nossos sonhos, não sei dizer.  Mas sempre ganhamos com esses encontros. Sobram risadas e boas memórias. Ainda bem que vivemos intensamente. Essa é a melhor mensagem, em qualquer época.


Minha turma de Nutrição em 94/95
Formatura no início de 96
 



Um reencontro esse ano

e mais outro

quinta-feira, 17 de março de 2011

A TV nos deixa burros? Ou emburrecemos a TV?

Vi um filme alemão chamado Reclaim your brain. Os mais antenados já devem ter visto, pois nem é novo (2007).

O filme conta a história de um produtor de TV que se conscientiza das porcarias que anda produzindo e que dão tanta audiência. Por isso, resolve manipular os índices de audiência para que os canais comecem a oferecer programas inteligentes.

Adorei o filme. E eu adoro TV. Não posso querer bancar a culta, que só assiste Discovery e National. Até assisto esses canais, quando meu marido está com o controle. Sou praticamente viciada em TV. Assisto jornais, filmes, séries, novela, documentários, e até alguns realities. Admiro a nobreza intelectual daqueles que dizem não gostar de TV, daqueles que se recusam a ver jornais. Só não consigo mesmo assistir a programas de auditório. Sinto vergonha dos que apresentam, dos que estão no palco e também na platéia. Acho que a programação de domingo nos canais abertos é uma punição para os que ficam em casa.

Em certo momento do filme, o personagem coloca a seguinte idéia: não é o povo que gosta de porcaria. Os canais é que massacram o povo com tanta porcaria, que aquilo passa a ser o normal, nivela-se por baixo.

Será que somos tão manipuláveis assim? Nos oferecem aquilo que queremos, ou apenas optamos dentre o que temos à disposição?


quinta-feira, 10 de março de 2011

Não me venham com parabéns!

Observando a molecada brincando, constato que os meninos se divertem mais que as meninas. Sempre.

Se pudesse ter optado, teria escolhido nascer homem. Eles sempre se divertem mais. A vida deles é sempre mais fácil.

Pode pensar em qualquer idade. Nossa conta é sempre mais alta. Roda de mulheres casadas. Preocupações com peso, cabelo, imagem, futuro. Roda dos casados. Piadas, carros, cervejas. Não se preocupam com quilos a mais ou cabelos a menos. Pode ser totalmente clichê, mas é a verdade.

A única vantagem que realmente vejo em ser mulher é poder ser mãe. Claro, isso é uma vantagem e tanto, mas eles também podem, hoje, ser pais super participativos, carinhosos, etc. Agora, se a mãe é uma workaholic e passa a semana viajando, a trabalho...

Sendo assim, esse negócio de parabéns pelo dia das mulheres não me cai bem. Para mim, não faz sentido esses parabéns. Esse dia não é meu. Nasci mulher porque não pude escolher. E se começar a reclamar, já viu...

quarta-feira, 2 de março de 2011

A culpa é dos astros??? Sei não...

Você acredita em inferno astral? Ou nem sabe exatamente o que é? Enfim, como meu último mês com 33 anos foi complicado, com direito a passar o último dia no hospital e tudo...

Vi o Quiroga falando na Marília Gabriela que inferno astral, na verdade, é uma cobrança que a gente mesmo se impõe, de coisas que nos comprometemos ao longo do ano anterior, e não conseguimos cumprir.

Então naquele período que antecede o aniversário, todas aquelas resoluções que tomamos mas não cumprimos vêm bater à nossa porta, são pequenos lembretes que até gostaríamos de empurrar pra baixo do tapete, mas a vida nos traz para encará-los (foi assim que eu entendi).

Sei que mesmo que você não acredite em nada, acredita na sua própria determinação. Além disso, não importa qual religião você pratica (ou não), uma lei é certa: não dá pra plantar abacaxi e colher morango (isso, ficando apenas nos hortifrutis).

Eu estou aqui num período de pensamentos, decisões, determinações. Espero conseguir cumprir aquilo que estou querendo. Tenho um ano para seguir nisso. Se não conseguir, já sei: a fatura é nominal...E não posso culpar os astros por isso, de jeito nenhum!