segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O que é o normal?

Na minha primeira gravidez, queria que meu filho nascesse de parto normal. Fiz tudo o que deveria, mas um detalhe muito importante me faltou: meu médico não apoiava a ideia. Mas então por quê eu fiquei com um médico que não era a favor do que eu queria? Porque em todas as consultas, sempre que eu falava sobre o parto normal, ele nunca disse que não faria. Mas no último momento, ele me pôs no soro, induziu o rompimento da bolsa, e, a grande cartada, disse que se não fizesse a cesárea naquele momento, o bebê entraria em sofrimento. É óbvio demais, certo? Fui pra cesárea, sem dúvida. Mas frustrada, porque realmente desejava que fosse normal.

Claro que o nascimento do filho apaga essa frustração, o amor invade a gente e todo o resto fica pra trás.

Grávida novamente, claro que troquei de médico: quero que seja parto normal. Por isso, troquei de médico uma segunda vez, e a primeira frase que disse ao atual foi: se não faz parto normal, pode falar abertamente, que não perco nem o meu tempo, nem o seu. Ele me garante que faz. E dá demonstrações nesse sentido, nas consultas. Então, estou aqui a aguardar o momento que o bebê quiser chegar.

Dessa vez, estou mais preparada, caso não seja possível o normal. Mas continuo na expectativa para que seja. Se não der, tudo bem, não colocarei a integridade do bebê nem a minha acima de uma ideologia.

Mas um dado me chamou atenção: no ProMatre, grande maternidade em São Paulo, meu marido perguntou à enfermeira obstetra quantos partos normais acontecem todo dia. E ela nos disse que ali, diariamente, nascem cerca de 30 a 35 crianças. Dessas, apenas 2 ou 3 são partos normais. CARAMBA!!!

Não vou ficar fazendo discurso, até porque acredito que cada um faz em sua vida aquilo que acredita ser o melhor. Não faria sentido ser diferente. Mas o índice impressiona. E cada vez é mais difícil achar um médico de convênio que faça parto normal. Hoje a realidade é a seguinte: quer parto normal? Ou vai pro SUS ou paga particular, em média R$8mil, o que para mim é muito dinheiro.

Enfim, cada um escolhe o que acha melhor, mas hoje a exceção realmente virou regra: a cesárea, uma cirurgia que foi criada para salvar mulheres que não podiam ter o parto natural, é a grande opção. E quando falo que quero parto normal, sempre ouço a mesma coisa: "Você é corajosa! Você é louca!" ou ainda: "Pra quê???"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mil inseguranças...

Quando engravidei pela primeira vez, já tinha pedido exoneração, não era mais funcionária pública, então não passei por tudo que passa uma grávida que está trabalhando formalmente.

Mas dessa vez  é diferente. E agora se aproxima o grande dia, e depois disso a época da licença maternidade, e depois disso, a volta.

Esse é um post que eu gostaria de escrever no anonimato, pois não estou escrevendo para fazer média com a empresa, ou nada disso. É realmente uma forma de compartilhar com outras pessoas o que estou sentindo, e que tenho certeza, encontrará ecos por aí.

Ainda trabalhando, mas já sabendo do período de afastamento e de que um dia terei que voltar, mil sensações e inseguranças passam por mim, tanto em relação ao trabalho como pela perspectiva "maternal": será que a empresa não vai mais precisar de mim? Será que, depois de tanto tempo fora, quando eu voltar ainda terei um espaço? Será que arranjarão outra pessoa para fazer o que eu faço? Vou ser mandada embora assim que voltar? Como conseguirei conciliar da melhor forma possível um bebê e o trabalho? (e nesse aspecto ainda sou muito abençoada, pois meu trabalho é mais home office que in loco). O que farei com o pequeno?

E para piorar um pouco as inseguranças, ainda tem o seguinte: adoro meu trabalho, a empresa, o que faço. Porque se eu não gostasse muito, seria mais fácil, e até se rolasse uma demissão, não seria complicado. Mas eu também adoro ser mãe e quero ser, para esse filho que está chegando, uma mãe presente, como fui para o mais velho, ou seja, amamentar até os 2 anos, não terceirizar a criação, estar disponível.

Hoje vejo como me sinto feliz trabalhando, ganhando um dinheirinho, me sentindo útil de outra forma que não como mãe/esposa. E sei que seria difícil, de verdade, perder esse emprego. Não gostaria que isso acontecesse. O que sinto é o seguinte: queria realmente conseguir estar disponível e presente nos dois papéis, e exercê-los da melhor forma possível.

Sei que pensar nisso agora, e pior, sofrer com isso, não vai resolver ou mudar nada do que acontecerá. Então sigo fazendo o que está ao meu alcance, e tentarei administrar o que virá.

Boa sorte para todas nós, que administramos tantas coisas ao mesmo tempo!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ainda existe Dia do Professor?

Quando era criança, o Dia do Professor era muito valorizado. Fazíamos questão de dar um "presente" para a professora, e as mães não esqueciam da data.

Essa semana, me surpreendi ao ver o bombardeio de propagandas de brinquedos e a super valorização do consumo para nossas crianças, e nenhuma menção, nenhuminha, ao Dia do Professor.

E as mães da minha geração, ainda valorizam o Dia do Professor? Para mim, comprar o presente para os professores (da escola e da natação) com o meu filho não foi um incentivo ao consumo. Foi apenas uma forma de demonstrar gratidão, de reconhecer o importante papel deles na formação de meu filho. É apenas aquele gesto simbólico para dizer: "lembrei de você!"

O professor da natação parecia nem acreditar no gesto. E isso também me surpreendeu. Não seria "normal" ele ganhar presentes, sendo um professor?

Como acredito mesmo no "Estudar vale a pena", não posso acreditar nisso sem pensar no importante papel do professor, tão desvalorizado hoje em dia.

Será que estou fazendo um papel que não cabe mais, hoje em dia? Saiu de moda lembrar do Dia do Professor? 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

É um favor?

Por que ainda pedimos ajuda? Não, não estou lutando pela auto-suficiência. Já absorvi que somos feitos para viver em grupos, e isso é positivo.

Estou falando da relação com os maridos. Nós avançamos, eles também, não parece mais haver papéis estagnados.

Mas ainda estamos sobrecarregadas, no geral. E sei que esse post não mudará a situação, apenas escrevo porque vejo que é algo que está na cabeça de muitas de nós.

Enquanto eu ainda não trabalhava formalmente - e queria muito conseguir um emprego - uma amiga disse: "Você só vai acumular funções, vai ver. Não vai ser pelo fato de trabalhar numa empresa que as suas responsabilidades com a casa e com a prole vão diminuir." E ela tinha razão. Mesmo quando trabalhamos, se o filho fica doente, quem sacrifica o dia de trabalho, em geral, é a mãe, e parece que nem há o que se pensar. Será a mãe que ficará com o filho, e pronto.

E eu nem posso reclamar, porque tenho por aqui um super-marido-pai presente e participativo. Mas ainda assim, me vejo pedindo "favor", quando falo: "Você pode escovar os dentes dele hoje?" ou "Precisarei que você fique com ele para que eu vá num evento profissional, nessa semana."

Será que um dia isso será mais equilibrado? Ou mãe é mãe, e pronto?

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Tudo descartável

Meu filho estuda numa escola Waldorf, e eles não usam brinquedos de plástico. Os brinquedos são de madeira, pano, enfim, outros materiais. Uma das razões para isso é o fato do plástico não ter variadas texturas, não proporcionar algo ao tato da criança. A temperatura e a forma são sempre a mesma, diferente de quando pegam um carrinho de madeira, uma boneca de pano ou uma frutinha de feltro.

Claro que em casa temos muitos brinquedos de plástico, e até mesmo eletrônicos, como a maioria das pessoas (assim eu imagino).

Mas outro dia aprendi uma outra lição sobre um brinquedo de madeira: quando um brinquedo de plástico quebra, normalmente, não há o que ser feito. Vai direto ao reciclável! Mas quando um brinquedo de madeira quebra, há como consertar, principalmente se há na área um pai "consertador". E isso acaba mostrando às crianças que, quando algo quebra, não se joga fora, não se descarta. Mesmo que quebre, há conserto. E essa é uma valiosa lição para a vida, pois eles ainda se quebrarão muito, e em lugares que não conseguiremos ver, à primeira vista. Mas há conserto. Mesmo que pareça não haver.

Então, mesmo que em sua casa só haja brinquedos de plástico e hoje em dia esteja em desuso consertar coisas, pois sai até mais barato comprar um novo, tente praticar isso: não é porque quebrou que devemos jogar fora. Vamos primeiro tentar consertar?

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Uma mãe brasileira no meio de um furacão (de verdade!)


Convidei uma amiga que mora em Nova Iorque com a família para falar sobre como um evento tão diferente para nós, brasileiros, impactou sua vida e seu ponto de vista, como mãe, de toda essa história do Irene. 

Com a palavra, minha amiga Suzana (Sú, adorei!):

"Moro em Nova Iorque há cinco meses. Meu marido veio trabalhar e vamos ficar aqui um ano. Temos uma filha de dois anos, que atualmente está de ferias da escolinha.
Aqui as babás são muito caras e as empregadas também. Então neste período de três semanas de férias, tenho de me dividir entre os cuidados da casa, comida e os cuidados com a minha querida. Não é nada fácil. Quem é mãe sabe.
As férias começaram na segunda-feira, dia 22 de agosto. E no dia seguinte, após sentir um terremoto de 6 pontos na escala Richter e colocar a informação no Facebook, fico sabendo que é esperada a passagem de um furacão por aqui para o final da semana.
Não tenho muitos problemas com terremotos. Já morei no México, onde passei por vários deles. Só que jamais esperei senti-los aqui! Minha filha estava tirando sua soneca vespertina e eu no computador tentando colocar as minhas coisas em dia. De repente, tremeu. Na hora, várias coisas passaram pela minha cabeça. “É um terremoto? Não pode ser.” “Estou sozinha com ela em casa. E se acontecer algo mais sério?” Mas, a terra tremeu e parou. E ela continuou dormindo, como se nada tivesse acontecido.
E a semana transcorreu sem maiores intercorrências. Até a tarde de sexta-feira. Às duas horas recebo uma ligação do meu marido dizendo que estava vindo para casa para prepará-la. Como? É, é isso mesmo. Lembrei então da Dorothy e do Totó. E de Oz. E da minha infância, tão leve e sem problemas. Estes problemas de adultos que não chegam nas crianças.
Meu marido então chega em casa carregado. Garrafas de água, mantimentos, papel higiênico, papel toalha. Latas, muitas latas. Atum, sardinha, frango, ervilha e milho. Confesso que a partir daí comecei a entrar em pânico. Poderia ser diferente. Eu poderia ser indiferente. Se o furacão passasse e a luz acabasse poderíamos encarar a situação como algo romântico. Mas o cenário é diferente. Afinal, temos uma filha que adora televisão, tem que tomar banho quente, e, sobretudo, tem restrições alimentares severas. Ela nasceu com refluxo gastro-esofágico e tem alergia à proteína do leite de vaca. Não come nada que contenha leite e toma, desde os dois meses de vida, um leite especial. Como alimentar uma criança nestas condições, sem luz e sem água? Por aqui, quando acaba a luz, acaba a água. Daí a razão do pânico.
Começamos então a preparação da casa. Temos um closet na entrada do apartamento que não tem janelas e, portanto, foi considerado o lugar mais seguro. Lá montamos nosso abrigo anti-furacão. Tudo o que poderíamos precisar, caso alguma janela quebrasse, foi posto lá. Todos os objetos importantes que ficam na parte inferior dos armários foram retirados (caso a água entrasse). Enfim, sexta-feira e sábado foram dedicados à Irene e à destruição que ela iria causar. Ouvindo as notícias, o pânico aumentava. Decidi que a minha querida não dormiria sozinha no quarto. Então em um arroubo de “A Vida é Bela” (guardadas as devidas proporções) inventamos um acampamento no sofá-cama da sala. Ela adorou. Para ela, dormir na sala com os pais foi uma diversão tão grande que não dormia de jeito nenhum! 
E eu vendo a chuva começar e os relâmpagos no céu… E o pânico aumentava. Mas a noite passou. Com muita chuva… Muito vento… Às 6:30, acordei e começamos a ouvir o rádio. Corri para o banheiro para dar o último banho quente na minha filha. A passagem da Irene por Nova Iorque estava prevista para o começo da manhã. Esquentamos o seu almoço e colocamos em uma maleta térmica. Com isto, se a luz acabasse, pelo menos mais um almoço dela estaria garantido. E a verdadeira tempestade veio. E com ela o medo. Mas da mesma forma que ela veio, ela se foi. E o medo também. Aqui em casa não aconteceu nada sério. Sequer acabou a luz.
Será que exageramos? Já ouvi muito isso de lá para cá. Pessoas rindo de nós e dizendo que os americanos são uns loucos. Não tiro a razão daqueles que estão confortavelmente sentados em seus sofás no Brasil vendo a CNN.  É verdade. Eles são. Só que a situação não pode ser analisada por este ângulo. Jamais pensarei por este lado. As pessoas que não vivem as situações não podem julgar e no momento as atitudes que tomamos pareceram as mais corretas. Afinal, melhor prevenir do que remediar. É velha a fábula da cigarra e da formiga.
A prioridade ao “montar” e “desmontar” a barricada sempre foi a nossa filha. Suas necessidades e a impossibilidade de deixar que lhe faltasse algo.
Como a Irene eu sei que outros furacões passarão em nossas vidas. E, nesse sentido, tenho a consciência tranqüila de que fiz o máximo para que a Helena não percebesse o transtorno. Como mãe, senti que esse era o meu dever. E o que ficou foi um pedido de “campamento” todas as noites antes de dormir. E a lição que os homens não podem se esquecer nunca: a mãe natureza é sábia e forte, é uma mãe independente que não obedece ordens de ninguém, muito menos do ser humano."


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Estudar vale a pena!

Sempre fui CDF. Sou uma curiosa inata, e acredito que estudar é uma forma de saciar um pouco essa curiosidade, e sempre me deu prazer perceber que estava adquirindo conhecimento sobre algo que antes eu nem sabia o que era, ou como funcionava.

Ainda no ginásio, em 1991, morando em Santana, uma professora da 8ª série me indicou uma tal de rede "ETE", que fazia parte da FATEC. A ETE formava técnicos, no colegial. Eu li o folheto, vi uns endereços, uns cursos, e lá fui eu pro Ipiranga, quase em Santos (era o que parecia, à época), fazer o "vestibulinho" para Nutrição & Dietética, que não tinha nem ideia que era tão concorrido e prestigiado.

Passei! Ótimo! Agora era "só" pegar 4 ônibus por dia, e ainda andar mais um monte, ou pegar "apenas" 2, e andar quase 1 hora para ir mais outra para voltar, porque de Santana pro Ipiranga a coisa não era fácil.

Mas como tudo pode piorar, no final do 2° ano me mudei para Jundiaí. Mas não quis desistir da GV, da Nutrição, do curso. Então eu saía de Jundiaí lá pelas 9 da manhã, para conseguir chegar à GV antes das 13h. Almoçava na marmita, e quando saía do colégio, lá pelas 19h, lá ia eu pro Tietê fazer tudo de novo...É claro que muitas amigas (que estão em minha vida até hoje!) me ajudavam. Dormi na casa de muita gente, nessa época. 

Muitos não entendiam o porquê de tanto sacrifício: "muda de escola", "estude em Jundiaí", "desista do curso". Mas eu não desisti, e estudei os 4 anos do colégio técnico, pois era assim que funcionava. Depois de formada, nunca consegui trabalhar na área. Fui dar aula de informática, escrevi livro de Access, depois fui trabalhar com varejo, e-commerce, fiz faculdade de Direito e trabalhei no Ministério Público Federal.

Ou seja, a Nutrição, como carreira, nunca funcionou para mim. Mas eu agradeço e me orgulho muito por nunca ter desistido, apesar de todas as dificuldades. Porque se não fosse a Nutrição não teria feito meu longo estágio na Unisys (1 ano), onde aprendi muito sobre informática, e não teria arranjado meu emprego na Data Byte para dar aula de MS-DOS e escrever uma apostila sobre aquele tal de "Windows 95", e tudo o que veio depois disso. 

E a Nutrição nunca se perdeu, pois até hoje uso os conhecimentos que obtive para mim, minha família e até para dar "dicas" para quem pede.

Então, se eu pudesse, diria a toda essa molecada que pensa em largar os estudos: "NÃO DESISTAM! AO CONTRÁRIO, SE ESFORÇEM MAIS!". Como não posso, deixo aqui a prova de que, na minha vida, estudar fez toda a diferença!!!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Só um casal vale?

Entrando no 6° mês de gravidez, descobri que serei mãe de mais um menino! E fiquei muito feliz com a notícia, além de ficar muito tranquila por ver que está tudo bem com o bebê.

Mas resolvi escrever esse post desabafo porque acho que o que estou passando, e ainda vou passar, não deve ser exclusividade minha. Como meu primeiro filho é um menino, todas as pessoas, quando me viam grávida - mesmo as que não me conheciam antes - diziam: "Ah, tomara que agora venha uma menina!".

Vejo nas pessoas para as quais conto que é um menino, um ar de decepção. E isso me chateia, me incomoda. Qual o problema de ser mais um menino? Por que TINHA que ser uma menina? Só as famílias que têm um casal são "completas"? 

Essas cobranças e padrões impostos me incomodam muito, sempre me incomodaram, e um dia escreverei apenas sobre isso. 

Conheço mães de 3 meninos que ainda ouvem "Vocês vão continuar tentando uma menina?". O que é isso, minha gente? Eu PRECISO ter uma menina, para ser uma mãe "de verdade"? Apenas um casal garante a felicidade ou a completude? Quem disse que EU, como mãe, seria mais feliz sendo mãe de um casal, e não de dois meninos? Acredito que as mães de 2 meninas também passem por isso, claro. 

Então, por favor, vamos nos concentrar no que é mais importante: cada um é feliz do seu próprio jeito, e da sua forma, e mais do que isso: a vida é sábia (ou Deus, se você acredita Nele), e dá a cada um aquilo que lhe é merecido, desejado e buscado, sejam dois meninos, duas meninas, um casal, apenas um ou nenhum filho, um papagaio, uma bicicleta, ou seja lá  o que for. Sejamos felizes, todos nós!!!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Processar quem?

A notícia de inserção, na nossa Constituição, do direito à felicidade, me fez pensar. A proposta é do Senador Cristovam Buarque, político que admiro. Pelo que li, a ideia dele não é inserir o direito à felicidade, e sim, como na Constituição americana, o direito à procura da felicidade como essencial ao ser humano.

Mas o jornal apresentou a ideia questionando o seguinte: felicidade é direito ou conquista? O que também tem a ver com um texto da Eliane Brum muito comentado na internet, e que também gostei demais.

Para mim, felicidade não é direito, nem nunca vai ser. Felicidade é conquista, e das grandes, principalmente pelo fato de que ninguém pode chegar lá, além do próprio interessado. Mas também não é obrigação, o que parece estar na moda.

Se somos ou não felizes, ninguém pode nos ajudar nisso. Assim como não podemos responsabilizar o outro, pela falta da felicidade. 

Isso é um aprendizado de vida. Para mim, ao menos. Porque já tive épocas de acreditar que alguém poderia me ajudar a ser feliz. É claro que há pessoas que nos fazem e nos deixam felizes, assim como há outros que parecem servir apenas para nos lembrar como a vida pode ser difícil.

Acredito que a felicidade, assim como o sentido da vida, é um dos grandes mistérios que estamos aqui para entender. Talvez nunca entendamos, ou melhor ainda, continuemos com dúvidas até nosso último suspiro.

Mas que a felicidade é algo totalmente individual, na conquista, sobre isso eu não tenho mais nenhuma dúvida. E você, o que acha da "tal" felicidade?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O que é uma jóia

Nunca fui fã de joias. Claro que acho bonito, as pedras são realmente especiais, o design e tudo, mas nunca foi um objeto de desejo para mim. Tenho uma amiga rikah, de verdade, que usa e gosta, e sempre que vejo suas joias, meus elogios são sinceros (até porque ela tem muito bom gosto. Mas isso é óbvio, senão não seria minha amiga!)

É claro que minha falta de grana deve ter colaborado com essa falha, mas conheço pessoas pobres como eu que desejam, economizam e possuem joias.

Enfim, tudo isso pra dizer o seguinte: não sei se porque nunca demonstrei esse fascínio, ou se porque sempre namorei pessoas pobres e sem gosto rapazes humildes para isso, como eu, mas o fato é que nunca havia ganhado uma joia de presente, até começar a namorar meu marido. 

Que fique claro que ele não é NADA rico, não me dá brilhantes e etc., isso não acontece nem uma vez a cada biênio sempre, mas ele é gentil, tem bom gosto (claro, para ser meu marido) e economizou o suficiente para fazer esse mimo pra mim, três vezes na vida.

Ontem foi uma data especial, nosso aniversário de casamento e namoro. Sim, sou brega e casei no mesmo dia que comecei a namorar! Mas onde quero chegar com essa lengalenga?

Quero dizer que, mesmo para uma pessoa como eu, que não baba em frente à joalherias, uma joia realmente é um presente especial, mesmo que não venha numa caixa da Tiffany ou que não precise de um ajudante para carregá-la. 

E tentando entender porquê é tão bom ganhar uma joia, meu diploma de Psicologia do Instituto Universal Brasileiro me fez concluir que, quando ganhamos uma joia, nos sentimos realmente especiais, únicas, dignas de um presente tão bacana. Será que esse é o efeito colateral da joia? Seria uma "garantia" de que realmente somos amadas?

Se é isso para todas, não sei. Para mim, foi a conclusão que cheguei. E de qualquer forma, sei que todas nós, sempre, queremos nos sentir assim, únicas, especiais e amadas. Mas não é só uma joia que tem esse poder, certo? Se eles soubessem como é fácil nos deixar tão felizes!!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Uma tirinha do Chiclete com Banana ou de babydoll, nunca!


Bibelô, o último dos broncos!
Nunca esqueço de uma tirinha que li na Chiclete com Banana: Bibelô (o típico metido a machão) um dia vai sair de casa e não tem uma cueca limpa. Então acaba colocando uma calcinha de sua mulher. Só que ele é atropelado, e morre. Nem precisa terminar, né? Entendeu a mensagem? Agora transfira essa informação para a minha vida...

Quando temos uma festa, planejamos cuidadosamente nossa roupa, nosso cabelo, nosso esmalte, tudo deve estar impecável. E é sempre assim, seja uma reunião, um encontro, enfim, queremos sempre estar adequadas às circunstâncias.

Mas há momentos, parece, que não temos cabeça, ânimo ou juízo para pensar numa roupa adequada.

Infelizmente tenho urticária crônica, que me leva ao hospital cerca de 1 vez por mês ou algo assim. Como estou grávida, não sofro de crises de alergia, mas tenho passado muito mal, então continuo freguesa do São Luiz...

Em uma das minhas visitas ao PS, sentei ao lado de uma moça que estava de babydoll e com uma pantufa horrível, marrom e preta, enfim, coitada, dava dó de ver. E era uma moça bem bonita! Claro que ela não estava só de babydoll...alguém quis ajudá-la e colocou por cima um agasalho, tipo uniforme de escola, sabe? Mas o babydoll ainda teimava em aparecer.

Conforme o soro e o remédio faziam efeito, mais incomodada ela parecia em estar naqueles trajes. Ela tentava fechar o agasalho, mas com o soro no braço, isso não era possível. Ela quase jogou os pés para trás, tentando esconder a pantufa que parecia um rato do mato morto. Mas não adiantava muito...E eu ali, pensando: “moça, sei o que é isso...já abriram minha boca sem eu ter escovado os dentes, já viram minha calcinha velha, minha perna sem depilar, minha meia furada...eu também já vim de pijamas para o hospital...” Então, quando ela conseguiu melhorar o suficiente para se levantar e voltar ao consultório, implorou à amiga: coloca essa camisola pra dentro e fecha esse agasalho, peloamordedeus...

E isso tudo me lembrou do meu episódio "traje de gala": estava eu no PS e o médico mais bonitão do pedaço (digno de Grey´s Anatomy) foi quem me atendeu. Agora olha a situação mais Bridget Jones do mundo: ele pediu que eu deitasse, para examinar minha barriga. Mas eu estava com a calcinha maior, mais velha e mais horrorosa que eu (nunca) poderia ter comprado...e usado, para piorar. Calçolona de vovó mesmo, sabe? Pois é...Tudo bem, sou casada, muito bem casada, mas ninguém quer que um exemplar da outra espécie lhe veja como uma aberração, não é verdade? Isso não faz bem pro ego de ninguém...

Com certeza, no torpor da dor, não pensamos na roupa. Estando com dor só pensamos em como nos livrar dela, em mais nada. Então entra a experiência de vida, para nos lembrar  que, mesmo num momento em que isso parece não ter importância, por favor, vista-se adequadamente, ou com certeza se arrependerá mais tarde, mas será tarde demais. Melhor seria pensar quando ainda havia solução.

Então, aprenda com a experiência e a vergonha alheias: vista-se adequadamente em qualquer ocasião, a não ser que você esteja dopada o suficiente do começo ao fim, e não se lembre de nada depois...o que mesmo assim não te livrará do julgamento alheio...médico deve ver cada coisa horrível além das doenças...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O prego

Ouvi essa história de um médico e acho que cai bem em algumas ocasiões da nossa vida.

" Um dia um cara parou num posto e viu um cachorro deitado, uivando sem parar. Incomodado com aquilo, perguntou ao frentista o que havia de errado com aquele animal. Então o frentista lhe respondeu:
- É que ele está sentado em cima de um prego!"

Não é perfeito? Quantas vezes, na vida, não estamos em cima de um prego, mas ao invés de sairmos, ficamos lá, apenas a reclamar? Eu, pessoalmente, acredito que isso aconteça porque o prego em questão não está realmente incomodando. Se estivesse, o cachorro (e a gente) tomaria uma atitude, de verdade. Então, se tem algum prego em sua vida, pense sobre ele. Mas, fazendo um outro exercício, pensemos: "esse prego realmente me incomoda, ou já me acostumei a viver sentada em cima dele, apenas a reclamar?"

Uma ótima semana a todo mundo!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lilypie

Vendo o blog da Renata, algo me chamou atenção: "fitas" virtuais que contam a passagem do tempo da gravidez e da idade dos filhos. Então, curiosa que sou, fui atrás, descobri o site Lilypie e adorei!!! É muito cute!!! E se você não está grávida ou sabe exatamente a idade dos filhos, mesmo assim não deixe de clicar, pois ele tem fita de contagem para as mais diversas ocasiões, como animais de estimação, aniversário de casamento e até para a perda de peso!


A minha contagem da gravidez, por exemplo, ficou assim:


Lilypie Maternity tickers

terça-feira, 28 de junho de 2011

Lindos! Música e imagens!

O blog da N Magazine indicou e eu adorei! A música é linda (para mim), a animação e as aquarelas, também!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A gente pode se reapaixonar? E quando tudo dá errado?

Eu também queria saber como funciona nosso corpo quando a paixão acaba (ainda me lembro das dores de amores), como uma paixão vira amor, e para um ser como eu, que há mais de uma década ama a mesma pessoa, o que podemos fazer para sempre se reapaixonar! Espero que tenham curtido a entrevista, o assunto é realmente fascinante!


Pode-se explicar do ponto de vista fisiológico o fato de algumas paixões virarem amor, e outras não?
Em parte a fisiologia pode explicar: cada vez que há sexo, principalmente, (ou vivências de intimidade e intenso convívio ou o partilhar de experiências) entre o casal, ocorre liberação de oxitocina (também chamado de hormônio do amor) (mais na mulher do que no homem; e também de vasopressina mais no homem do que na mulher) e, consequentemente, há maior atividade de dopamina no cérebro, especialmente nas regiões de sensação de prazer e recompensa. Essa repetição de liberação de oxitocina e do­pamina reforçam positivamente a ligação entre os parceiros e os con­dicionam a buscar mais sexo, o que contribui para criar uma união forte e estável entre casal. Aliás, durante e após o orgasmo, tanto em homens como em mulheres, os níveis de oxitocina alcançam o seu pico  e podem ter a função de estreitar o laço emocional entre os parceiros. Com isto, a oxitocina também tem sido chamada ultimamente como hormônio da confiança e do afeto. Ela serviria, aparentemente, como base para a confiabilidade, o que provavelmente facilitaria a aproxi­mação e intimidade.
Quanto à “incapacidade” ou dificuldades em manter um relacionamento duradouro, novamente, diversos elementos entram em jogo (tanto físicos, quanto psicológicos, culturais, sociais, ambientais, dentre outros). Contudo, um estudo recente (2008) realizado no Instituto Karolinska, na Suécia, constatou que homens com uma determinada variação genética que repercutia na função dos receptores de vasopressina (com redução destes) no cérebro, apresentavam duas vezes mais crises no relacionamento, com ou sem traições, além de que as parceiras também se queixaram de maior insatisfação no relacionamento. Os pesquisadores concluíram que os homens com tal variação dos genes realmente têm um comportamento social mais distante, frio e insensível. Isto poderia ser um dos elementos, dentre tantos, em algumas pessoas, que poderiam explicar a dificuldade em construir vínculos duradouros. Mas, por  enquanto, são somente hipóteses...
É possível se apaixonar mais de uma vez pela mesma pessoa?

Sim, é possível! Entretanto, esta "retomada" da paixão, o “reapaixonar-se”, do ponto de vista biológico, tem que apresentar certas "condições psíco-biológicas" favoráveis para o reinício do estado da paixão. Pesquisadores têm afirmado que a paixão, por ser um estado de profundas alterações cerebrais e hormonais, poderia ocorrer, preferencialmente, naquelas circunstâncias de "extremos de vivências emocionais", em que a química cerebral (seja por situações de grande felicidade ou de infelicidade) se aproxima a da paixão. (Lembremos que as respostas neuroendócrinas da paixão e do estresse são muito semelhantes...). Por exemplo, no início de um novo trabalho, mudança de cidade ou país, nascimento de um filho, divórcio, depressão, solidão, celebração de sucesso, uma viagem de férias etc.
Não podemos esquecer que a "química dos 5 sentidos (visão, olfato, audição, toque, paladar (beijo) da atração sexual" deve entrar em ação no tal reencontro. E, por fim alguns ingredientes psicológicos devem estar presentes nesse "reapaixonamento": a memória positiva dos “bons tempos”, a admiração pelo parceiro, a esperança de tê-lo novamente e uma certa dose de insegurança para ser "aceito"  (como no  famoso joguinho do “se fazer difícil”: “querer e não querer” ou "frio e quente"). 

E, quando tudo dá errado, aquele sentimento de "nunca mais vou gostar de ninguém", é legítimo? Naquele momento, é uma forma que o organismo encontra para se proteger, tal como as descargas de adrenalina quando estamos em perigo?
Quando há um rompimento amoroso o ódio pode tomar conta da situação, e para a neurobiologia do amor, ele parece ter um papel importante de estimular ativamente o afastamento da pessoa ex-amada, no sentido de se evitar entrar novamente nos ciclos de "reativação da paixão" ou  vivenciar as famosas "recaídas pós-rompimemto". O ódio ou sentimento de  "nunca mais vou gostar de ninguém" são, provavelmente, gerados por maior atividade de áreas cerebrais do córtex-frontal da lógica e do raciocínio com o intuito de "apagar" a imagem positiva e prazerosa do ex-amado e, assim, tornar mais suportável a passagem para uma nova fase de reconstrução do rompimento do vínculo.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

A paixão deixa a gente burro? E tem validade? Pode viciar?

Como anunciei há algumas semanas, fiz uma entrevista com a Dra. Cibele Fabichak, autora do livro Amor, Sexo, Endorfinas & Bobagens, e leiga que sou em fazer entrevistas, perguntei aquilo que mais me deixa curiosa nesses assuntos de amor e do nosso corpo.  Como fiz várias perguntas, dividi a entrevista em duas partes. Logo menos publico a 2ª parte!


Seria correto dizer que a gente "emburrece" quando se apaixona?
Mais do que emburrece, a paixão "cega". Quando o desejo sexual e a atração física começam a aproximar duas pessoas, o cérebro de ambas começa a produzir vários hormônios e substâncias que provocam os sinais característicos da paixão: euforia, sensação de felicidade, energia aumentada, insônia, tremores, palpitação, respiração ofegante e a valorização somente das qualidades do parceiro. As pessoas não enxergam os parceiros como seres reais com defeitos e fraquezas, mas somente veem as qualidades. Mais do que o amor, quem cega, realmente, é a paixão. O efeito “cegueira” da paixão é biológico e ocorre com todos os apaixonados, independente da idade, raça, cultura, opção sexual, religião, educação ou status social. Isso ocorre porque certas áreas do cérebro são ativadas, tais como o centro do prazer situado em parte no sistema límbico – nossa “central das emoções” – e outras são inativadas ou “bloqueadas”, tais como partes do córtex pré-frontal, responsável pelo julgamento crítico. As endorfinas, a oxitocina - hormônio produzido no cérebro, principalmente, durante o contato mais íntimo do casal, como o sexo, e o beijo - parecem ser algumas das substâncias capazes de “ligar” os circuitos do prazer e “desligar” os circuitos do julgamento crítico.
É verdade que a paixão tem prazo de validade? Qual seria esse prazo?
Sim. A ciência tem comprovado através de estudos que mapeiam o cérebro que existe um período preciso para o estado mental alterado da paixão: entre 18 e 48 meses.  A média está em dois anos.  Do ponto de vista biológico a paixão foi a forma que a natureza encontrou para aproximar e unir de maneira prazerosa dois seres humanos para a pro­criação. Isso ocorre porque desde os nossos ancestrais, a mulher pode ser fiel ao homem, o que lhe dá certeza de que os filhotes são dele. Se apaixonado, o homem pode ser fiel à mulher, o que proporciona a ela suporte e proteção para os cuidados com o bebê, ao me­nos até que ele se torne mais independente (por volta dos 2 ou 3 anos de idade). Portanto, a duração média da paixão abrange o período da atração, concepção, gestação e nascimento do bebê. Durante esse período o cérebro está submerso e ativado com vários hormônios e substâncias: endorfinas, testosterona, dopamina, oxitocina dentre outras. A química cerebral durante a paixão é muito semelhante ao estado de vício da cocaína, em que o prazer, a euforia e a falta de julgamento crítico em relação à cara metade são “marcas registradas” dessa fase inicial do relacionamento romântico.
Há pessoas que são viciadas em se apaixonar?
Há uma linha muito tênue entre paixão, obsessão e vício. Geralmente, mulheres ou homens com baixa autoestima, inseguros ou que já sofreram grandes perdas afetivas ou rejeições são os mais suscetíveis a apresentar tal comportamento obsessivo, também chamado de amor patológico.
Aqui está uma definição do amor patológico da psicóloga Eglacy Cristina Sophia, do Setor de Amor Patológico do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (AMITI), do Instituto de Psiquiatria, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: "(...) a atitude de fixar atenção e cuidados em relação ao companheiro é esperada em qualquer relacionamento amoroso saudável. Todavia, quando ocorre falta de controle e de liberdade de escolha sobre essa conduta, de modo que ela passa a ser prioritária para o indivíduo, em detrimento de outros interesses antes valorizados, está caracterizado um problema denominado amor patológico".


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Que rufem os tambores!!!

Sabe aquele frio na barriga que dá quando fazemos uma festa e achamos que ninguém vai aparecer? Pois é, eu senti isso com essa promoção...fiquei com um medo danado que fosse um fracasso...Não que tenha sido algo tipo "arrasa-quarteirão", mas ao menos esse humilde bloguezinho conseguiu ultrapassar a marca dos 30 seguidores...Valeu a todos que participaram! No dia em que chegar à marca dos 5000 seguidores, quem sabe consigo sortear uma jóia!!!

Apenas para esclarecer: eu não coloquei o resultado antes porque hoje, justo hoje, a gadget "seguidores" resolveu dar pau no blogger e eu não conseguia visualizar as pessoas e assim, contar quem o Random tinha escolhido...

Mas agora, vamos deixar de enrolar: fiz o sorteio pelo site http://www.random.org/ e não há como publicar a caixinha com a imagem do número sorteado, mas minha auditoria própria e pessoal garante a vocês que não houve fraude!

Sendo assim, a grande vencedora foi a "Mulher Vitrola" (gente, na verdade ela se chama Renata). Por favor, Renata, mande uma mensagem privada para mulheraocubo@gmail.com com seu endereço, que postarei o livro direitinho, e logo você o estará lendo!

Muito obrigada a todos que participaram, espero que haja muitas próximas!!!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nostalgia boa

Hoje o Google está lindo...eu até demorei para acessá-lo, e minha pesquisa ia ser sobre algo chatérrimo...e então fiquei encantada e saí totalmente do foco (normal). Lembrei do Jimmy Page, e num dia de chuva, nada mais apropriado:

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Primeira promoção do blog!

Como quem lê o blog já sabe, tenho uma parceria com a Editora Novo Século, que ainda vai render ótimas notícias.

Comecei a ler um livro bem bacana: Sexo, Amor, Endorfinas & Bobagens, de Cibele Fabichak. Antes que alguém pense num livro de autoajuda, esqueça. O livro é ótimo, a autora é médica (e mestre em fisiologia), e, nos moldes daqueles documentários do GNT e Discovery, explica as reações do organismo quando nos apaixonamos, amamos e até quando o rompimento acontece.

Também publicarei aqui uma “entrevista” com a autora, e se quiserem fazer alguma pergunta sobre o assunto (que rende muita conversa), podem mandar nos comentários que incluo no meu “questionário”, ok?

A boa é que vou sortear um exemplar desse livro, aqui no blog, na semana do Dia dos Namorados. O tema vem bem a calhar, não acham? Depois darei mais detalhes. Por enquanto, vou acabar de ler o meu livro!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vai passar, vai passar...

Olha, vou te contar: nessas últimas semanas, a vida por aqui anda boa, mas nada fácil.

Ando muito desastrada, mais do que o normal. Não consigo manter um objeto em minhas mãos por cinco minutos. Elas estão furadas, ou como diria minha avó, ando dormindo com elas no "bumbum". Um fato: meus óculos foram parar dentro da privada, após o xixi...

Parece que meu cérebro está em modo slow, e sempre primei pela minha memória e organização. Esqueço de comprar o lanche da escola, esqueço sapatos pelos lugares (no plural mesmo), esqueço de dar recados importantes e urgentes. Só não esqueci ninguém pelo caminho, ainda. Mas aviso que isso ainda pode acontecer!

Fico horas a fio acordada, de madrugada (como agora, 3:40), e outras mais querendo (mas não podendo) dormir, durante o dia.

Ando tão nervosa, tão irritada, tão no limite, que tenho até saudades das minhas TPMs. Chorei com uma reportagem sobre a ciclofaixa em SP e surto com detalhes que até me envergonharia de confessar...

Meu estômago anda alternando entre três estados básicos: um buraco como se nunca tivesse comido na vida; um enjôo como se tivesse comido o mundo (e por isso preciso colocá-lo para fora); uma azia que me dá a certeza que engoli um dragão sem perceber, e ele está em plena atividade. Que saudades de uma relação normal entre meu corpo e meu aparelho digestivo...minha boca, em alguns momentos, deve ter mais água que uma piscina de clube.

Tudo isso deve se explicar pelo fato de eu estar grávida, certo?

Mas vou falar a realidade para vocês: nesse momento, só consigo pensar na gravidez como um processo ruim para chegar ao amado produto final (a Elisa me faz acreditar que não estou sozinha nessa). Não posso pular essa fase?

Nada de me sentir plena, cabelos e peles maravilhosos, momento mágico. Dá pra começar a gravidez depois dos enjôos e terminá-la antes de não ter mais posição pra dormir? Não? Não inventaram isso ainda? Então, sigo com um mantra: vai valer a pena, vai valer a pena, vai valer a pena. Eu já sei que vai.

domingo, 8 de maio de 2011

As mudanças boas (e as que não queríamos)

Um fato inquestionável depois de ser mãe é o quanto mudamos.

É claro que há mudanças positivas: passei a me alimentar muito melhor; quase nunca falo palavrões (e confesso que era capaz de formar uma frase completa só com eles); ao apresentar o mundo para meu filho, voltei a ver brilho em coisas simples, através de seus olhos.

Tantas coisas mudaram, milhares delas... Tenho certeza que todas nós temos mil exemplos, e nem precisamos fazer muito esforço para nos lembrar de algum.

No entanto, gostaria mesmo é de falar sobre o que não queríamos ter mudado. Será que se fizermos isso a culpa grudará em nosso pescoço, e sugará nossa energia? De qualquer forma, serei honesta sem pensar na patrulha.

Eu não queria ter que dormir e acordar em horários tão prosaicos; adoraria poder dormir tarde, acordar tarde; acordar cedo num domingo é triste... Também gostaria de comer besteiras de vez em quando, mas se estou em sua companhia, me sinto mal por não dar o melhor exemplo (apesar das refeições caseiras e nutritivas em 95% das ocasiões); queria conseguir equilibrar a balança entre trabalhar e ser mãe; não queria ter abandonado minhas saídas culturais, meus bate-papos adultos com amigos, sem falar de filhos; sinto falta de momentos de solidão sem pressa. Queria não sentir tanta culpa.

Enfim, há mil coisas que não queria ter mudado, mas não estou reclamando. Porque a natureza é sábia demais, e para superarmos inúmeras renúncias e mudanças, só mesmo um amor desse tamanho, tão incondicional, tão absurdo, que só aumenta a cada dia. Sendo esse AMOR assim, realmente tudo se justifica. E mesmo quando acordamos cedo, ou não conseguimos ver um filme, ou não gastamos conosco, e sim, com eles, ainda assim, os dias são muito especiais. Porque a sensação que temos é que a nossa vida, antes dos filhos, não era completa.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Inércia e movimento

Eu já tive depressão. Não foi uma única vez. Já tive que tomar remédio, e até escrevi sobre isso.

Do final do ano pra cá, tive novamente. E minhas reiteradas crises alérgicas (3 semanas em 4 no hospital) não ajudaram muito. Mas me ajudaram a perceber que não era aquilo que queria.

Os amigos se preocuparam, ajudaram, até me buscaram literalmente. E eu decidi que viveria um dia de cada vez. Como os AA, em seus ensinamentos. A cada dia, lutaria contra o desânimo, a vontade de ficar na cama, a falta de vontade de sair, falar, ligar o computador. Todos os dias, tentaria fazer o melhor que poderia, praquele dia.

E pode parecer até muito simples, mas foi a solução. E de repente surgiu uma idéia que me empolgou, alguém precisou de mim para alguma coisa e me senti ótima podendo ajudar, e de repente surgem oportunidades que eu nem poderia imaginar.

Porque da mesma forma que quanto mais ficamos isolados, mais nos isolamos, a vida é ação e movimento, e quanto mais fazemos, mais chances de agir surgem.

Eu já disse que amigos são como anjos. Eu os tenho em minha vida. Às vezes nem são de longa data, mas trazem algum componente essencial da amizade (preocupação, carinho, estímulo, companheirismo). Eu não vou citá-los nominalmente, mas eles sabem quem são. Obrigado a todos!

E, se falo sobre isso, penso em também poder ajudar alguém, que de repente esteja se sentindo assim. Eu consegui. Um dia por vez. Vamos lá?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Reencontro de turma

As redes sociais têm motivado um outro fenômeno: o reencontro de turmas de colégio, faculdades e afins. Pessoas que há anos não se viam ou nem podiam imaginar o rumo, conseguem se achar nas redes, sempre tem um com a iniciativa de marcar um encontro, e aí vamos nós, voltar no tempo.

Pode-se até falar um pouco do presente, se casou, mudou, teve filhos, seguiu carreira ou não, mas esses reencontros são uma volta ao passado, todos reativando as memórias e rindo de tudo.

As mulheres, sempre preocupadas com o peso. Os homens, acredito que mais preocupados com a carreira, se estão ou não bem sucedidos em sua área. No geral todos parecem felizes - até porque ninguém quer parecer um derrotado infeliz. Queremos parecer bem, para aquelas pessoas que nos conheceram há tanto tempo.

Mas o melhor é perceber que conseguimos, através das lembranças, viver de novo um tempo em que éramos intocáveis, agora nos parece. Em que todas as possibilidades estavam abertas, era só querer seguir por um caminho. Ver que pessoas que não se viam há muito, voltam a ser íntimas em 5 minutos. Porque nos conhecemos numa época em que éramos apenas pessoas se descobrindo, sem cargos, status, carros. Éramos muito mais ser do que ter. Estamos num momento em que ter parece ser mais importante. Mas aí voltamos praquele tempo em que só o ser nos preocupava.

Se atingimos nossos sonhos, não sei dizer.  Mas sempre ganhamos com esses encontros. Sobram risadas e boas memórias. Ainda bem que vivemos intensamente. Essa é a melhor mensagem, em qualquer época.


Minha turma de Nutrição em 94/95
Formatura no início de 96
 



Um reencontro esse ano

e mais outro

quinta-feira, 17 de março de 2011

A TV nos deixa burros? Ou emburrecemos a TV?

Vi um filme alemão chamado Reclaim your brain. Os mais antenados já devem ter visto, pois nem é novo (2007).

O filme conta a história de um produtor de TV que se conscientiza das porcarias que anda produzindo e que dão tanta audiência. Por isso, resolve manipular os índices de audiência para que os canais comecem a oferecer programas inteligentes.

Adorei o filme. E eu adoro TV. Não posso querer bancar a culta, que só assiste Discovery e National. Até assisto esses canais, quando meu marido está com o controle. Sou praticamente viciada em TV. Assisto jornais, filmes, séries, novela, documentários, e até alguns realities. Admiro a nobreza intelectual daqueles que dizem não gostar de TV, daqueles que se recusam a ver jornais. Só não consigo mesmo assistir a programas de auditório. Sinto vergonha dos que apresentam, dos que estão no palco e também na platéia. Acho que a programação de domingo nos canais abertos é uma punição para os que ficam em casa.

Em certo momento do filme, o personagem coloca a seguinte idéia: não é o povo que gosta de porcaria. Os canais é que massacram o povo com tanta porcaria, que aquilo passa a ser o normal, nivela-se por baixo.

Será que somos tão manipuláveis assim? Nos oferecem aquilo que queremos, ou apenas optamos dentre o que temos à disposição?