Bibelô, o último dos broncos! |
Quando temos uma festa, planejamos cuidadosamente nossa roupa, nosso cabelo, nosso esmalte, tudo deve estar impecável. E é sempre assim, seja uma reunião, um encontro, enfim, queremos sempre estar adequadas às circunstâncias.
Mas há momentos, parece, que não temos cabeça, ânimo ou juízo para pensar numa roupa adequada.
Infelizmente tenho urticária crônica, que me leva ao hospital cerca de 1 vez por mês ou algo assim. Como estou grávida, não sofro de crises de alergia, mas tenho passado muito mal, então continuo freguesa do São Luiz...
Em uma das minhas visitas ao PS, sentei ao lado de uma moça que estava de babydoll e com uma pantufa horrível, marrom e preta, enfim, coitada, dava dó de ver. E era uma moça bem bonita! Claro que ela não estava só de babydoll...alguém quis ajudá-la e colocou por cima um agasalho, tipo uniforme de escola, sabe? Mas o babydoll ainda teimava em aparecer.
Conforme o soro e o remédio faziam efeito, mais incomodada ela parecia em estar naqueles trajes. Ela tentava fechar o agasalho, mas com o soro no braço, isso não era possível. Ela quase jogou os pés para trás, tentando esconder a pantufa que parecia um rato do mato morto. Mas não adiantava muito...E eu ali, pensando: “moça, sei o que é isso...já abriram minha boca sem eu ter escovado os dentes, já viram minha calcinha velha, minha perna sem depilar, minha meia furada...eu também já vim de pijamas para o hospital...” Então, quando ela conseguiu melhorar o suficiente para se levantar e voltar ao consultório, implorou à amiga: coloca essa camisola pra dentro e fecha esse agasalho, peloamordedeus...
E isso tudo me lembrou do meu episódio "traje de gala": estava eu no PS e o médico mais bonitão do pedaço (digno de Grey´s Anatomy) foi quem me atendeu. Agora olha a situação mais Bridget Jones do mundo: ele pediu que eu deitasse, para examinar minha barriga. Mas eu estava com a calcinha maior, mais velha e mais horrorosa que eu (nunca) poderia ter comprado...e usado, para piorar. Calçolona de vovó mesmo, sabe? Pois é...Tudo bem, sou casada, muito bem casada, mas ninguém quer que um exemplar da outra espécie lhe veja como uma aberração, não é verdade? Isso não faz bem pro ego de ninguém...
Com certeza, no torpor da dor, não pensamos na roupa. Estando com dor só pensamos em como nos livrar dela, em mais nada. Então entra a experiência de vida, para nos lembrar que, mesmo num momento em que isso parece não ter importância, por favor, vista-se adequadamente, ou com certeza se arrependerá mais tarde, mas será tarde demais. Melhor seria pensar quando ainda havia solução.
Então, aprenda com a experiência e a vergonha alheias: vista-se adequadamente em qualquer ocasião, a não ser que você esteja dopada o suficiente do começo ao fim, e não se lembre de nada depois...o que mesmo assim não te livrará do julgamento alheio...médico deve ver cada coisa horrível além das doenças...
Rialto!!!!!!!!! Tô indo amanhã mesmo no Brás comprar um monte de calcinhas e pijamas novos.... de primeira linha, é claro!!!!
ResponderExcluirBjs.,
Carol.