sexta-feira, 22 de julho de 2011

O que é uma jóia

Nunca fui fã de joias. Claro que acho bonito, as pedras são realmente especiais, o design e tudo, mas nunca foi um objeto de desejo para mim. Tenho uma amiga rikah, de verdade, que usa e gosta, e sempre que vejo suas joias, meus elogios são sinceros (até porque ela tem muito bom gosto. Mas isso é óbvio, senão não seria minha amiga!)

É claro que minha falta de grana deve ter colaborado com essa falha, mas conheço pessoas pobres como eu que desejam, economizam e possuem joias.

Enfim, tudo isso pra dizer o seguinte: não sei se porque nunca demonstrei esse fascínio, ou se porque sempre namorei pessoas pobres e sem gosto rapazes humildes para isso, como eu, mas o fato é que nunca havia ganhado uma joia de presente, até começar a namorar meu marido. 

Que fique claro que ele não é NADA rico, não me dá brilhantes e etc., isso não acontece nem uma vez a cada biênio sempre, mas ele é gentil, tem bom gosto (claro, para ser meu marido) e economizou o suficiente para fazer esse mimo pra mim, três vezes na vida.

Ontem foi uma data especial, nosso aniversário de casamento e namoro. Sim, sou brega e casei no mesmo dia que comecei a namorar! Mas onde quero chegar com essa lengalenga?

Quero dizer que, mesmo para uma pessoa como eu, que não baba em frente à joalherias, uma joia realmente é um presente especial, mesmo que não venha numa caixa da Tiffany ou que não precise de um ajudante para carregá-la. 

E tentando entender porquê é tão bom ganhar uma joia, meu diploma de Psicologia do Instituto Universal Brasileiro me fez concluir que, quando ganhamos uma joia, nos sentimos realmente especiais, únicas, dignas de um presente tão bacana. Será que esse é o efeito colateral da joia? Seria uma "garantia" de que realmente somos amadas?

Se é isso para todas, não sei. Para mim, foi a conclusão que cheguei. E de qualquer forma, sei que todas nós, sempre, queremos nos sentir assim, únicas, especiais e amadas. Mas não é só uma joia que tem esse poder, certo? Se eles soubessem como é fácil nos deixar tão felizes!!!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Uma tirinha do Chiclete com Banana ou de babydoll, nunca!


Bibelô, o último dos broncos!
Nunca esqueço de uma tirinha que li na Chiclete com Banana: Bibelô (o típico metido a machão) um dia vai sair de casa e não tem uma cueca limpa. Então acaba colocando uma calcinha de sua mulher. Só que ele é atropelado, e morre. Nem precisa terminar, né? Entendeu a mensagem? Agora transfira essa informação para a minha vida...

Quando temos uma festa, planejamos cuidadosamente nossa roupa, nosso cabelo, nosso esmalte, tudo deve estar impecável. E é sempre assim, seja uma reunião, um encontro, enfim, queremos sempre estar adequadas às circunstâncias.

Mas há momentos, parece, que não temos cabeça, ânimo ou juízo para pensar numa roupa adequada.

Infelizmente tenho urticária crônica, que me leva ao hospital cerca de 1 vez por mês ou algo assim. Como estou grávida, não sofro de crises de alergia, mas tenho passado muito mal, então continuo freguesa do São Luiz...

Em uma das minhas visitas ao PS, sentei ao lado de uma moça que estava de babydoll e com uma pantufa horrível, marrom e preta, enfim, coitada, dava dó de ver. E era uma moça bem bonita! Claro que ela não estava só de babydoll...alguém quis ajudá-la e colocou por cima um agasalho, tipo uniforme de escola, sabe? Mas o babydoll ainda teimava em aparecer.

Conforme o soro e o remédio faziam efeito, mais incomodada ela parecia em estar naqueles trajes. Ela tentava fechar o agasalho, mas com o soro no braço, isso não era possível. Ela quase jogou os pés para trás, tentando esconder a pantufa que parecia um rato do mato morto. Mas não adiantava muito...E eu ali, pensando: “moça, sei o que é isso...já abriram minha boca sem eu ter escovado os dentes, já viram minha calcinha velha, minha perna sem depilar, minha meia furada...eu também já vim de pijamas para o hospital...” Então, quando ela conseguiu melhorar o suficiente para se levantar e voltar ao consultório, implorou à amiga: coloca essa camisola pra dentro e fecha esse agasalho, peloamordedeus...

E isso tudo me lembrou do meu episódio "traje de gala": estava eu no PS e o médico mais bonitão do pedaço (digno de Grey´s Anatomy) foi quem me atendeu. Agora olha a situação mais Bridget Jones do mundo: ele pediu que eu deitasse, para examinar minha barriga. Mas eu estava com a calcinha maior, mais velha e mais horrorosa que eu (nunca) poderia ter comprado...e usado, para piorar. Calçolona de vovó mesmo, sabe? Pois é...Tudo bem, sou casada, muito bem casada, mas ninguém quer que um exemplar da outra espécie lhe veja como uma aberração, não é verdade? Isso não faz bem pro ego de ninguém...

Com certeza, no torpor da dor, não pensamos na roupa. Estando com dor só pensamos em como nos livrar dela, em mais nada. Então entra a experiência de vida, para nos lembrar  que, mesmo num momento em que isso parece não ter importância, por favor, vista-se adequadamente, ou com certeza se arrependerá mais tarde, mas será tarde demais. Melhor seria pensar quando ainda havia solução.

Então, aprenda com a experiência e a vergonha alheias: vista-se adequadamente em qualquer ocasião, a não ser que você esteja dopada o suficiente do começo ao fim, e não se lembre de nada depois...o que mesmo assim não te livrará do julgamento alheio...médico deve ver cada coisa horrível além das doenças...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O prego

Ouvi essa história de um médico e acho que cai bem em algumas ocasiões da nossa vida.

" Um dia um cara parou num posto e viu um cachorro deitado, uivando sem parar. Incomodado com aquilo, perguntou ao frentista o que havia de errado com aquele animal. Então o frentista lhe respondeu:
- É que ele está sentado em cima de um prego!"

Não é perfeito? Quantas vezes, na vida, não estamos em cima de um prego, mas ao invés de sairmos, ficamos lá, apenas a reclamar? Eu, pessoalmente, acredito que isso aconteça porque o prego em questão não está realmente incomodando. Se estivesse, o cachorro (e a gente) tomaria uma atitude, de verdade. Então, se tem algum prego em sua vida, pense sobre ele. Mas, fazendo um outro exercício, pensemos: "esse prego realmente me incomoda, ou já me acostumei a viver sentada em cima dele, apenas a reclamar?"

Uma ótima semana a todo mundo!!!