quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E 2010 será melhor ainda!!!

Para mim, 2009 começou com a idéia que seria o ano em que eu retomaria os estudos para os concursos, já que meu filho começaria a ir para a escola.

Mas realmente 200Inove foi bem surpreendente, e para melhor!

Aconteceram coisas maravilhosas, entre elas eu descobrir a profissão dos meus sonhos, onde eu sou feliz, me realizo e deixo as pessoas felizes também...e quem sabe um dia ainda me dê dinheiro...mas isso é apenas um segundo plano, mais importante mesmo é ser feliz, já que as contas estão pagas mesmo!

Tenho que comemorar que acabamos o ano com apenas 5 peças na arara! Valeu mulherada que comprou, usou, presenteou, elogiou, indicou e deu dicas! Acabamos o ano sem nenhum prejuizo, sem dívidas e com planos bacanas para 2010!

Também adotei o Tyrone, que apesar de já ter estragado alguns sapatos, roupas e outros detalhes, é um fofo e deu uma bagunçada na casa.

E teve a escola do meu filho, que foi uma descoberta excelente de crianças, pais, professoras e todas as pessoas que lá participam. Nada modesta, tenho que registrar que na festa de encerramento fui até homenageada, assim como outras mães, pela participação na escola. Fiquei tão orgulhosa que não me aguentei e estou contando aqui!!!

Nessa semana, um amigo comentou que precisamos fazer coisas que fiquem registradas em nossa memória, para termos consciência que estamos VIVENDO, e não apenas sobrevivendo. Nisso entram banhos de chuva numa tarde de verão, viagens, curtir uma brincadeira com as crianças, enfim, qualquer coisa boa que nos tire da rotina, para o nosso cérebro sair do automático, pois é assim que ele funciona no dia-a-dia maçante. Paramos de perceber o tempo passando e só ficamos falando "como esse ano passou rápido!"...passou rápido porque estamos cada vez mais no automático, minha gente! Saiam dessa, peloamor...

Também houve algumas perdas, mas percebi que amadureci e consegui me transformar um pouquinho nesse sentido: ando um pouco mais desapegada do que fui até então. Algumas perdas não recuperamos, mas aprendemos com elas, isso sempre.

E tenho certeza: 2010 será ainda melhor! Desejo e buscarei isso para mim e para quem estiver comigo, e espero que você, que está lendo, também faça isso: busque! Busque a felicidade, o prazer, o porto seguro e o vento na cara, estejam onde estiverem!

Mas quero principalmente uma coisa, e por isso resolvi escrever hoje: AGRADECER de forma muito profunda a todos que estiveram esse ano em minha vida e que de uma forma ou de outra, mesmo que distantes fisicamente, me ajudaram a chegar nesse final de ano tão feliz e realizada! Realmente não tenho nada a pedir, só a agradecer por essa vida ser tão boa!

OBRIGADO a todas e todos pelos elogios, conselhos, torcidas e colaborações! Em 2010 estaremos juntos novamente!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Não falei que o "vira" era uma figura?

Como vocês já sabem, adotei um vira-lata um dia desses, mas até então não tinha ainda levado o pobre num veterinário...a correria, como já disse, estava realmente absurda.

Mas então nessa 2ª coloquei ele e os outros dois no carro e levei todo mundo para o médico, tomar banho e tal...bem, não foi à toa que o cara que escreveu "Marley" tinha inspiração diária...os cachorros realmente são uma fonte incrível de histórias. Tyrone resolveu fugir no estacionamento, pelo porta-malas. Eu parecia uma louca (mais louca, quero dizer), com a roupa toda suja de pêlo, barro e etc. correndo atrás dele...

Tenho que registrar que todo mundo ficou encantado com a carinha dele, ele realmente é muito simpático. A veterinária até disse que se eu estivesse arrependida, ela teria vários interessados. É claro que não vou dá-lo para ninguém, apesar do marido ter apreciado bastante a sugestão.

Depois que saímos de lá, quase 3 horas depois, um veio no meu colo, a outra veio no banco do passageiro e o Tyrone resolveu se ajeitar sabem onde? No cadeirão do meu filho!!! Vejam só, a figura nunca tinha andado de carro até então, aquela era sua segunda viagem...E como eu não podia perder essa, parei o carro e tirei uma foto, porque achei que se apenas contasse esse episódio ninguém ia acreditar em mim. Vejam aí a pose de folgado do Tyrone e digam se ele não é mesmo uma simpatia...


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O 1º bazar a gente não esquece....

Em meio à mudança, reforma, adoção de cachorro e outras coisitas, fiz meu primeiro bazar nesse sábado que passou.

Foi bem bacana, a experiência foi ótima, a mulherada gostou bastante das roupas e fui a "banquinha" que mais vendeu!

Achei que ia ser duro vender roupas de verão com todo mundo agasalhado, afinal São Pedro se enganou e nos mandou frio e garoa, mas mesmo assim deu certo. Vejam a foto do vestido no manequim com a ventania que estava por lá (nem precisou de ventilador para dar o "efeito").

Cá entre nós, esse vestido ficou tão lindo que minha sócia até se emocionou quando ele ficou pronto...só não peguei para mim porque é único e tenho que desapegar das crias...

Agora estamos com cerca de 30 peças na arara, esperando diminuir ao máximo esse estoque até o final do ano...Ah, teve até peça nossa enviada para o Canadá, olha aí nossas roupas pelo mundo!

Valeu a todas que foram até lá e prestigiaram nosso bazar "Waldorf", como expositora e também como comissão organizadora. Ano que vem tem mais!!!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Casas e cacarecos

Bem, como anda me acontecendo muito esse ano, fiquei sem escrever não por falta de assunto, mas por falta de tempo mesmo.

Quarta-feira passada começaram minha mudança de maneira inesperada (a idéia é que ocorresse no fds), desmontando meus armários e eu tendo que desarrumar/arrumar tudo sozinha, foi bem uma loucura, que ainda não acabou...Espero que até amanhã eu consiga trazer tudo, mas quando conseguirei arrumar é um mistério...

Quem me lê e já se mudou ao menos uma vez na vida sabe como é...eu já me mudei 600 vezes, desde pequena vivo me mudando, então nem fico aquelas malucas reclamando de tudo, mas o negócio é cansativo pacas.

O mais surpreendente, claro, é descobrir coisas que você nem imagina porque guardou ou como foram parar naquela gaveta. E olha que eu não sou "cacarenta", ou seja, de ficar acumulando cacarecos inúteis. Se compro uma blusa, dou uma; contas pagas só guardo por 5 anos, ou seja, tento deixar a coisa o mais enxuta possível. Mesmo assim, é tanta coisinha, tanto trequinho, tanta miudeza...e olha que nem tenho bibelôs pela casa, hein? Só de pensar numa casa cheia de coisinhas já fico pensando em como é limpar aquilo tudo...

Enquanto esvaziava o armário da cozinha, pensei: para quê ter tanta xícara? Nunca houve tanta gente em casa ao mesmo tempo para usar tudo aquilo...

O que tenho muito mesmo são livros. Desses não consigo me desfazer. Numa das mudanças, quando morava sozinha e fui para um apartamento, o zelador me perguntou se eu ia abrir uma biblioteca ou mudar, porque tinha mais livros que móveis. Já me desfiz de muitos, vários financiaram meu chá de bebê, outros estão emprestados, mas quando vou em livrarias continuo querendo comprar mais um montão...os editores não param de lançar títulos interessantes...

E você, do que conseguiria se desfazer primeiro numa mudança? E o que nunca você deixaria para trás? (É claro que estou falando de coisas materiais, ok? Filhos e cachorros não contam...)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quer ver uma mulher feliz sem gastar dinheiro?

Bem, eu andei um pouco deprê, mas acho que já passou. Vamos ver...

De qualquer forma, o assunto que tem me feito pensar é: todas queremos ser especiais, certo? Não que os homens não queiram ser especiais também, mas nós temos isso de uma maneira muito mais concreta.

E quando eu digo especial, acho que quero dizer única, inesquecível, sem comparações.

Não sei se estamos pedindo para sermos enganadas, ludibriadas. Quando digo "estamos", falo em meu nome e por 99% das mulheres que conheço: queremos nos sentir a mais especial do mundo, a única, a inatingível.

Se você, homem, conseguir dar essa garantia à mulher que está ao seu lado, sinta-se com sua missão realizada na vida!

Se você conseguir declarar que igual a ela nunca houve (nem haverá) ninguém, você com certeza terá uma mulher radiante (e que provavelmente não encherá tanto o seu saco com picuinhas e besteiras).

Mas não pense nisso apenas nos primeiros 3 meses, aquele tempo em que todos são o amor de nossa vida, quando não há defeitos, em que as imperfeições são graciosas. Queremos ser inesquecíveis pela vida inteira, até mesmo quando acordamos, após milênios juntos, descabeladas e sem maquiagem (com mau humor seria pedir demais?).

É isso: como toda revista feminina padrão (o que infelizmente também significa "sem cérebro") traz dicas de como fazer um sexo inesquecível, orgasmo em 100 lições e etc., estou aqui dando uma receita de "Faça uma mulher feliz".  Que, tenho certeza, será eficaz para a maioria...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tyrone, São Francisco e Berlim

Bem, como disse por aqui, sábado estava com o "faniquito"...tenho certeza que as mulheres entenderam e os homens já viram alguém assim por aí...

E no final, o que houve durante a semana? Bem, decidi onde fazer a tatuagem, só não marquei ainda o dia, renovei a cor das madeixas (que ainda continuam pinks), adotei um cachorro que estava na rua e tinha sido muito mal tratado, veio uma mulherada aqui em casa e foi super legal, e meu filho se divertiu à beça com os amigos aqui, então foi uma semana e tanto...

Mas é claro que o mais marcante foi adotar o cachorro. O nome dele quem escolheu foi meu filho: Tyrone. Claro, se vocês conhecem, por causa dos Backyardigans. Mas ele é realmente um vira lata daqueles, muito fofo, dengoso e divertido. Além de tudo, é quietinho e super dócil.

Óbvio que meu marido ficou um tanto preocupado se vou virar aquelas loucas que saem pegando bichos na rua, mas não é esse o caso. Esse cachorrinho realmente é especial, ele tinha que ser meu mesmo. Não sairei por aí adotando cachorros, como certo marido de amiga, amigo também, que eu admiro um monte (e que é óbvio, fã de São Francisco), mas ainda não cheguei nesse nível. E por aqui, esperam que eu não chegue nunca.

Então, só faltou uma coisa nesses setes dias: conhecer Berlim! Mas acho que nessa semana não daria mesmo, né? Até porque não quero ficar lá apenas uma semaninha...Mas um dia vou, com certeza! Vou mesmo sem falar alemão, quem sabe lá eu aprenda um pouquinho...mas não para ficar só uma semana, de jeito nenhum...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Motorhead e Ramones!

Já faz tempo, mas dois shows inesquecíveis...Aliás, Ramones no Aeroanta foi o primeiro show da minha vida! E depois, pela segunda vez, teve aquele Ramones no Olympia, em que a banda de entrada era do cara que tinha sido do Menudo..o dó, jogaram tanta coisa nele...mas quando eu era criança eu gostava do Menudo: não se reprima, certo?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PRECISO fazer alguma coisa...

Sábado bateu uma necessidade absurda de fazer alguma coisa, romper o marasmo, a rotina...acabei por não fazer nada extravagante, a não ser aproveitar o dia da melhor forma (vendo as crianças se divertindo brincando de tintas e de mangueira), mas ainda ficou por aqui uma vontade de quebrar um pouco o tédio do dia-a-dia...

Todos nós temos sonhos, alguns concretizáveis, outros nem tanto, mas que não deixam de ocupar nossos pensamentos.

Às vezes eles nos levam para longe, até mesmo para outros continentes. Mas de repente olhamos em volta e ficamos por aqui mesmo.

Sou muito sonhadora mesmo, muito idealista. Pensava que essas características sumiriam com a idade, mas parece que não...

O segredo da vida, dizia um sábio que conheci, é conciliar o vento na cara e o porto seguro.

É, acho que estou mesmo precisando fazer algo que me arranque da rotina, em breve. Quem sabe uma tatuagem? O desenho já escolhi!

Digam-me: quando querem sair da rotina, o que fazem? Para quebrar a imagem colada à você, o que fazer?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Podemos mudar alguma coisa?

Voltando ao papo sobre os preços, sei que hoje já poderíamos cobrar mais pelas peças, afinal fazemos roupas realmente exclusivas, customizadas, cada peça realmente é única. Sempre quis fazer algo que não fosse uniforme, é bacana ter algo só seu.

Sempre gostei de fazer coleções (papel de carta, borracha, até de grafite colorido...), e ter uma coleção de roupas diferentes e bacanas é tudo de bom.

Também sei que há coisas para as quais não é possível se colocar um preço fechado, e uma delas é o valor da criação, o valor do tempo que a gente usa fazendo aquilo, que não é apenas mão de obra, é um valor "artístico", no termo em que cada um põe nele o preço que quiser.

Mas se o estilista da marca é valorizado, por que não sua costureira, que põe a mão na massa e materializa o seu sonho?

Eu não quero sair pregando por aí, não é minha idéia, e não foi por isso que comecei a fazer roupas com minha sócia. Mas ao começar a me envolver com o negócio, isso me inquietou.

Eu já disse isso por aqui que queria mudar o mundo, por isso fui fazer Direito e trabalhar no Ministério Público era o sonho dourado. Mas infelizmente não me senti capaz o suficiente para agir nesse sentido.

Então, se eu conseguir que ao menos algumas pessoas comecem a consumir de forma mais ética, sabendo como o produto chegou até ali, já ficarei um pouco feliz.

Ainda no Direito, um amigo e eu escrevemos um artigo sobre trabalho escravo. A idéia era que a competência para julgamento desse tipo de crime fosse federal, para que não houvesse tanta intercorrência política nos processos, quando na esfera estadual. Nossa, papo seríssimo agora...

Saí do mundo jurídico, mas o trabalho escravo ainda mexe comigo, e deveria indignar todos aqueles que conheço, assim espero. E aqui não me refiro a trabalho escravo sendo apenas aqueles coitados amarrados, mas também pessoas que trabalham sem a mínima condição humana para tal.

Será que não somos suficientes para mudar um pouquinho o mercado?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Requeijão Aviação e otras cositas más...

Não posso deixar de dizer que a pedagogia Waldorf também têm me posto a pensar nesse sentido: consumo consciente.

Vamos a um exemplo básico: se eu pago R$3,88 no Requeijão Aviação no Walmart, por que pagar R$4,39 no mesmo Requeijão Aviação no Pão de Açúcar? Ah, é claro: no Pão de Açúcar tem música ambiente bacana, o requeijão convive lá com manteigas importadas, queijos maravilhosos ao lado, enfim, pagamos o preço de tudo aquilo, certo? E vejam só: eu sou cliente do Pão de Açúcar, consumo bastante lá, acumulo pontos e tudo, mas só concordo em pagar por coisas que não acho em outros locais, tais como os pães orgânicos (maravilhosos!), frutinhas desidratadas, doce de leite argentino...

Será que a caixa, o estoquista e o repositor do Pão ganham mais que seus equivalentes no Walmart? É de se pensar, porque se for assim, aí tudo bem...

Quando comecei a vender nossas roupas, havia um questionamento: será que vender barato (tipo R$30 uma camiseta) deprecia a peça? A roupa será desvalorizada por ter um preço muito acessível?

Ou ainda pior: será que as pessoas vão achar que é uma porcaria só porque não custa uma pequena fortuna?

Ao último post, alguns me responderam com a seguinte idéia principal: o que custa é o aluguel, são os impostos, o cafezinho, o ar condicionado, etc. Concordo, realmente tudo isso tem um custo, muitos dos quais eu ainda não tenho.

Uma outra resposta me esclareceu bastante também, um pouco mais filosófica: "o preço se faz por quem paga e não por quem faz (o produto)". É pura verdade! Pois tem gente disposta a pagar muito dinheiro por uma coisa que nem questiona quanto custou.

Também me disseram: e quando a marca "ganhar" uma loja, ou os custos aumentarem, e a peça tiver que ser vendida mais cara, como fica esse discurso? Eu digo o seguinte: o preço vai aumentar de maneira proporcional, e se eu ganhar, pode ter certeza, todo mundo que está comigo ganhou também.

Gostaria de mostrar para as pessoas que é possível pagar um preço justo pelas coisas, e que todos entendessem que não é só o caro que é bom. Na verdade, o caro normalmente é bom mesmo, mas o bom não precisa ser exageradamente caro, e podemos fazer um ajuste nas relações de consumo, baseados apenas em um item: ética!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

É demais!

Moby "Why does my heart feel so bad"...vá lá e mesmo que não goste da música, o vídeo é ÓTIMO!

http://www.youtube.com/watch?v=fqLvbpcsPj4

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Quanto vale?

Tenho visto muitos editoriais de moda, com seus preços anexados, e não consigo deixar de me chocar...por que uma blusinha, básica, custa quase um salário mínimo?

Essa questão tem ocupado muito a minha cabeça, na verdade sempre ocupou, mas desde que resolvi fazer e vender roupas, e me envolver com todo o trabalho que isso envolve, penso nisso ainda mais.

Quando, antes de eu decidir trabalhar com minha sócia, ela me dizia que não conseguia comprar roupas porque achava tudo caro demais (entendam, não é que seja apenas caro, é a supervalorização de um produto numa cadeia em que apenas um ganha demais), eu não a questionava, mas hoje realmente a entendo e me choco ao ver certos preços em certas marcas.

É claro que já entendi que certas pessoas fazem questão de pagar muito caro por algo, parece que a graça é essa mesma. Mas será que essa crise toda, essa nova idéia de planeta e de sustentabilidade, não fez as pessoas também repensarem no valor da grana?

Entendam: eu não discordo de pagar um preço justo por algo que valha. Mas vejam só: justo é justo. Minha sócia receber R$2,50 por um vestido que foi para a vitrine por R$180 (fato verídico), e isso não faz uma década, me faz pensar muito em quem ganha tanto, e quem explora tanto.

Se vamos pagar caro por algo, então temos que ao menos nos certificar que todo mundo na produção daquela peça também está ganhando.

Ainda falarei mais sobre isso, mas como os posts têm que ser curtos para vocês não desistirem da leitura, vou ficando por aqui.

Se vocês que me lêem puderem dar opinião sobre isso, ficarei feliz em entender as diversas cabeças consumidoras por aí...

sábado, 3 de outubro de 2009

Essa é boa demais!

Para não perder a oportunidade, uma música bem boa para ouvir nesse sabadão: Kings of Leon, Sex on fire.

Espero que todos conheçam, mas se não, vejam o vídeo que a música meio que gruda na cabeça da gente...mas não de um jeito ruim, ok?

http://www.youtube.com/watch?v=HHhhcKxflMY

Será que passou a correria?

Bem, agora que já comemoramos o aniversário do filho, deu para dar uma respirada...Essa semana foi ainda corrida, na 5ª eu ainda achava que era 3ª, então nem vi os dias passarem direito.

Mas a 3ª foi um dia ótimo, eu e minha sócia fomos comprar tecidos no Bom Retiro, cheguei em casa tardíssimo, e acho que se pudesse, teria passado a madrugada inventando moda (literalmente). O mais bacana foi poder comprar os tecidos e aviamentos e outras coisitas para a nossa marca com a grana que já conseguimos das primeiras peças. Por enquanto nada de dinheiro no nosso bolso, mas estamos reinvestindo tudo, e isso é ótimo. Só de não perdermos dinheiro, já está muito bom. E outra: eu li umas dicas do Carlos Slim (magnata mexicano), que diz que a grana da empresa deve voltar para a empresa, porque na mão da gente evapora. Se ele está dizendo, não podemos desperdiçar uma dica dessas, né?

Eu fiquei encantadíssima com aquele lugar cheio de tecidos, cores, tramas, mil e uma idéias e possibilidades para inventar...queria comprar tudo que era tecido, mas minha sócia, mais experiente, segurou um pouco minha onda para não nos perdermos...ainda bem, nosso casamento realmente tem tudo para dar certo!

É isso então, agora continuamos na correria, mas uma correria boa demais, até viciante...espero conseguir escrever com mais freqüência, até!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Realmente ando sem tempo...

Olha, não é má vontade, nem falta de assunto, é falta de tempo mesmo. Com aniversário de filho batendo à porta, coleção nova na cabeça, cachorro doente e ainda ter que ser dona de casa, mãe, e, luxo total, ainda querer fazer ginástica (madame é isso aí!), não tenho conseguido me dedicar ao blog. Mas como não deixo de ouvir música, hoje vou pôr algo bem calminho e romântico para ouvirmos, ok? É para combinar com o tempo lá fora...Depois coloco uma mais animadinha...
Por enquanto, se quiser ouvir (Keane - Everybodys´s changing), vá lá:

http://www.youtube.com/watch?v=AC08xwrQ5gU

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nem precisa falar nada...

Hoje não tenho tempo de escrever, mas não posso deixar de compartilhar a música que estou ouvindo: quebra tudo!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Criadores e criaturas

Vejam só, sem falsa modéstia, que não presto para fazer esse tipo, as roupas realmente ficaram muito lindas, e o melhor: a próxima “coleção”, ou seja, as próximas roupas que estamos fazendo, estão ficando ainda mais lindas. Estou realmente apaixonada, sabem?
Minha sócia tem certo receio (não infundado, claro) de que eu desista de tudo, desse lance de vender, de comprar, lidar com a grana, etc. Ela acha que vou surtar e largar tudo pelo meio do caminho. Sim, eu sei, já fiz isso outras vezes, mas dessa vez posso dizer que é totalmente diferente, e por um simples motivo: realmente me encontrei na vida. Até sinto que mudei, estou mais desapegada das coisas, das pessoas, sei lá, parece que finalmente encontrei meu lugar no mundo.
Antes só sentia isso sendo mãe do meu filho. Ali eu sei que é meu lugar, e para sempre será, ainda bem. Mas não é sobre ser mãe que estou falando, vocês me entendem. Nesse sentido sou super realizada já faz tempo (quase 3 anos!).

A coisa pegava era na realização pessoal/profissional. Para aquela famosa pergunta “O que estou fazendo da vida?”, já tenho a resposta: “Sou estilista, sacoleira, blogueira, já tenho um legado deixado por aí!” Não preciso mais das coisas outras para me sentir viva, minhas criações me fazem viver intensamente, e não preciso estar agarrada a elas para isso. Só de saber que já tem por aí uma mulherada estilosa, bacana, querida, usando as roupas que fiz com minha sócia, já ganho o dia, todos os dias.

E ao saber que vocês (homens e mulheres, no caso) estão lendo o blog, gostando, odiando, rindo, enfim, estão aqui comigo, putz...
Momento piegas total: eu tenho que agradecer as amigas, clientes, "revendedoras" e também aquelas que ainda não são clientes (mas serão, pois todo mundo vai vestir ao menos uma peça “Mulher ao cubo” – modesta que só, hein?) e também aos amigos que apesar de não serem possíveis clientes (ainda não tenho amigos que se vestem de mulher...) me acompanham e torcem por mim.

Peguem o lencinho: sem vocês eu não seria nada!!!! Muito Obrigada mesmo!!!!

Música do dia

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mudanças e descobertas...

Após insatisfações com o blog do Terra, que não permite que as pessoas postem comentários no blog por uma falha no layout que eles não conseguem (ou não querem?) resolver, apesar de ter aguardado a solução, resolvi mudar de casa, e isso sempre dá trabalho...
Fui (ou vim?) para um endereço no blogspot, onde espero que todos consigam postar os comentários facilmente.

Não acabarei com o arquivo do Terra, o que ficou ainda estará por lá, mas esse é o meu novo endereço: http://www.blogmulheraocubo.blogspot.com (podem gravar no favoritos, tá?). A partir do próximo post, só nesse endereço.

Também não tenho escrito por isso, afinal mudanças sempre exigem da gente, e tive que empacotar todos os textos, etiquetar, desempacotar, ver se não tinha quebrado nada e colocar no lugar certo...Depois pintei as paredes, decidi onde penduraria os quadros, aquilo tudo enfim...

Mas estou aqui, e voltarei a escrever. Aliás, não consigo mais parar mesmo...

Antes de ir, não posso deixar de recomendar dois blogs, que apesar de serem da mesma pessoa (Cris Guerra), são totalmente distintos: http://www.hojevouassim.blogspot.com (já é bem conhecido no meio da moda, mas como eu mesma acabei de descobrir, estou recomendando) e http://parafrancisco.blogspot.com (nesse eu recomendo lenço e tempo, pois chorei lendo os posts, sem dramalhões, é que é bonito à beça, tanto que emociona).

Depois me digam o que acharam do novo endereço e das indicações, valeu!!!

Sou feliz, mas não sou a alegria em pessoa...

Preciso esclarecer algo sobre o último post, para não ser injusta com a vida e com tudo que ela me dá: quando disse que não sou “a feliz”, não quis dizer que não sou feliz, mas sim que não sou aquela alegria, “a simpática”, enfim, aquela que está sempre sorrindo e sendo amável.
Não sou "fofa", meiga, boazinha. Aliás, se um dia alguém me disser que sou boazinha, ficarei triste demais.
Mas sou feliz, e muito. Tenho tudo que preciso e sei ser agradecida a tudo que tenho, e também ao que eu não tenho, afinal certas privações também nos determinam a vida. Sempre penso que o importante das escolhas, são, no fundo, as renúncias que fazemos ao escolher certos caminhos. Ao escolher algo, sempre renunciamos a outros "algos", e é aí que está a importância da decisão. Depois falo mais sobre isso, que é um assunto que sempre me encanta e que está constantemente em minha vida, afinal vivo fazendo escolhas e mudando totalmente a trajetória da minha vida...

Tudo é mesmo um emaranhado...

Decidida então a encarar uma nova empreitada, precisei escolher um nome para a marca, e comecei a fazer um brainstorm (será que ainda se usa essa expressão?) até achar algo que considerasse bacana. Quando pensei em “Mulher ao cubo”, pensei nisso: uma roupa bem feminina, nada vulgar, e que também fosse como as mulheres que conheço são: multitarefa, sempre. Procurei na internet, vi que o nome ainda não existia, e resolvi criar o blog para também ser um espaço para divulgar a marca e as criações. Mas aí comecei a escrever e não consigo mais parar...
Nesse assunto de multitarefa, não posso deixar de comentar uma piada de Mark Gungor que está na internet (http://www.youtube.com/watch?v=GuMZ73mT5zM) e que também foi comentada num artigo da jornalista Cynthia de Almeida (Revista Criativa - Julho/09). Vejam o vídeo, a piada é muito boa!
A idéia é a seguinte: os homens têm cérebro-caixa e as mulheres, cérebro-novelo (não, não, vocês não leram novela, não obstante se encaixar perfeitamente em alguns casos...). Enquanto para eles todos os assuntos ficam divididos em caixas, que não se comunicam entre si, nós fazemos mil relações entre todos os assuntos, “tudo conectado com tudo”, uma hiperconexão em nossa cabeça.
Acho que foi uma das melhores definições que já ouvi sobre isso, e o melhor: tudo fica mais leve quando tiramos um sarro de nossos defeitos. Agora, se você é mulher e não gostou da piada, não deu uma risadinha, ou começou a se explicar ou dar sermão, fiquei com preguiça de você...
Sei que para os homens é muito importante uma companheira bem humorada (obrigado, amigos, pelas confidências) . Sei que não sou “a feliz” (longe disso, aliás), mas realmente viver ao lado de alguém azedo, que só faz drama, complica tudo ou que não admite errar é complicado...tudo fica difícil...
Olha aí: eu preciso ter foco! Como saí totalmente do assunto que comecei (quem me conhece, sabe que é normal) e o post já está imenso, depois escrevo mais...

Eu, sacoleira??? Pode ser melhor: sacoleira, mas estilista também!

Foi aquilo mesmo que aconteceu: as idéias de roupas começaram a vir, sem parar, não só de modelos, mas de tecidos, detalhes, cores...Nossa, realmente comecei a acordar de madrugada, não conseguia nem mais ler um livro ou fazer outra coisa, era só nisso que pensava.
Então fui me aconselhar com pessoas experientes do ramo, que também estão na minha vida por outros motivos e são muito importantes para mim (família a gente também escolhe, né?), e o conselho que recebi foi: saia fora, confecção é ramo para loucos, continue estudando para os concursos, que é muito mais garantido e seguro.
Aí, falei com minha mãe, que disse: “Tente, você não vai conseguir estudar sossegada sem ao menos tentar, faça algumas coisas, venda, veja como fica. Se não der certo, ao menos você sabe que teve a iniciativa. Sei que é clichê, mas realmente nesses casos a gente deve se arrepender do que não fez...”
Sabe, eu sempre tive muitos problemas com minha mãe, e até hoje os tenho, mas posso dizer que ela amadureceu nos últimos tempos (eu também, é claro) e tem assumido mais seus próprios erros, tentado fazer menos drama, e isso tem nos aproximado. Sempre senti muita falta da “mãe”, porque ela nunca foi de dar colo, puxar a orelha, ela sempre foi aquela mãe “amiga”, que ao invés de aconselhar começa a contar sua própria história, mas hoje acho que sou mais paciente, também aprendi a reconhecer que fui uma filha difícil e ainda sou, nunca somos vítimas de nada. Ela sabe que quando acontece algo comigo, eu corro para ouvir seus conselhos, mesmo que eu não os siga, mas às vezes os sigo e dá muito certo.
Então, quer saber? Estou arriscando! Não sei até onde isso vai me levar, mas estou fazendo. Não precisamos fazer grandes investimentos, pois minha cunhada já tem as máquinas, e não vamos vender para lojas, eu mesma estou sendo a vendedora, um negócio porta-a-porta mesmo, sem glamour, para ver a reação da mulherada. Até agora, estou feliz da vida!

O que não faz uma liqüidação da Zara...

Aí começa a história que vivo hoje: tenho uma cunhada super competente, costureira, que cansou de ser explorada pelas confecções, pois ela ganhava muito pouco, ao mesmo tempo que vemos preços exorbitantes para o consumidor final. Sempre a incentivei a fazer coisas e vender, ela mesma, mas não acontecia. Ano passado ela quase ficou sócia da minha melhor amiga, mas também acabou não acontecendo. Essa minha amiga acabou virando uma agente de viagens com uma idéia bem diferenciada, e está muito bem nos negócios. Aliás, quem quiser viajar pode acessar o site dela: www.charmingescapes.com.br que vai fazer bom negócio. (depois eu cobro a comissão, tá?)
Bem, no dia seguinte àqueles conselhos, peguei minha cunhada e fomos passear na Zara, e era bem um dia de liquidação, então ela pôde ver como a mulherada fica louca numa ocasião dessas (sei que vocês me entendem), e também comecei a mostrar uns sites bacanas, tipo Adriana Barra, Isabela Capeto, Ronaldo Fraga, Farm, enfim, todos entenderam...
Então ela me falou: “Por que a gente não vira sócia? A gente se complementa, cada uma oferece o que tem, eu a experiência, você as inspirações.” Bem, a idéia me seduziu, mas também me deu medo, afinal, não tinha nem idéia do que fosse uma galoneira, reta, tecido plano, etc. Ela disse: “Pense na proposta, mas se as idéias começarem a brotar em sua cabeça, de madrugada, e você não conseguir mais parar de pensar nisso, é sinal que o “bichinho” da confecção pegou você. Eu sei porque foi assim comigo, há muito tempo”.
E hoje, aproveitando que é aniversário dela, queria agradecê-la por estar sendo minha parceira nessa nova empreitada na minha vida, e mais do que isso, ser uma pessoa tão especial e estar ao meu lado no caminho que começamos a trilhar, que espero e acredito seja de muito sucesso!

Conselho de Avó

Bem, a primeira coisa que devo dizer é que se há muito não escrevo, há uma razão: férias que não acabam, e filho exige muuuito da gente...não estou reclamando, é apenas um fato, e todos sabem: contra fatos não há argumentos...
Mas quanto ao meu “empurrãozinho”, estava eu dizendo àquela senhora que meu desejo mesmo era ficar rica e não trabalhar mais, só estudar, fazer cursos, enfim, vida de madame com cérebro, entendem?
Mas ela me interpelou, indignada: o que é isso? Uma pessoa tão jovem, já querendo se acomodar? A vida oferece muito, não dá para ficar vivendo como madame! Eu tentei me explicar, dizendo que já tinha feito demais, trabalho desde os 14 anos, enfim; mas começamos a conversar, e ela disse que eu a emocionei, por fazê-la pensar naquele velho dilema: o que fiz de minha vida? Qual seria meu legado moral? Mas, com toda a trajetória dela, se ainda havia tais questionamentos, realmente ali estava uma mente inquieta, e foi nisso que me identifiquei. Ela então me aconselhou: ache algo que você goste, e faça, pois seus olhos dizem que você não vai continuar parada, sendo “apenas mãe”. Eu lhe confessei que não sentia mais prazer no Direito, mas também não havia outra ocupação que naquele momento me interessasse.
Eu tinha que achar uma profissão pela qual eu me apaixonasse novamente, que me deixasse encantada, com brilho nos olhos. Naquele conselho, vi minha avó falando através daquela senhora, minha avó que se foi no fim do ano passado, mas a quem eu devo tudo que sou.

Estudar para concurso?!?!?!?

Bem, o primeiro projeto que veio à minha mente foi voltar a estudar para concursos, afinal já tinha dedicado quase quatro anos da minha vida a isso, fora o tempo da faculdade, então acreditei que esse fosse o melhor caminho. Já tenho OAB, os livros estão aqui, já trabalhei no Ministério Público... Assim, quando meu filho começou a ir para a escola, voltei a estudar, em casa mesmo. Mas muitas coisas desanimavam: as mudanças todas das leis e dos editais (apesar do pouco tempo sem estudar), a desilusão com os ideais, me imaginar novamente no meio de tanta gente vaidosa e dona da verdade... Nossa, o Direito é muito cheio de donos da verdade, todos têm suas teses definitivas, e (quase) sempre se julgam superiores. Mas o concurso garante sua vida em termos financeiros e de estabilidade, e era nisso que eu me concentrava.
Sabe, eu sempre quis mudar o mundo. Um amigo que foi meu chefe chegou a me dizer que o meu problema era ser idealista demais. Acho que sim, é isso mesmo; então me concentrava no lado prático da coisa e seguia estudando. Mas o estudo é frustrante, pois enquanto você estuda, e eu sempre dizia isso no cursinho, você não se sente fazendo algo. Se você morresse ali, o que escreveriam em sua lápide? “Seria uma futura delegada, se tivesse conseguido passar?” Enfim, é uma trajetória árdua realmente, pois você não vê frutos enquanto não conseguir tomar posse no cargo almejado...
Mas mesmo assim eu continuava lendo os Códigos, afinal não tinha pressa em passar; mas tudo me parecia muito distante, e isso também desanimava...comecei a pensar: será que nasci para ficar em casa? Não que eu ficasse só em casa, mas vocês me entendem, aquela vida de motorista particular de filho...Até que uma senhora, do alto de seus 84 anos, me deu uma valiosa lição...

Ser mãe, e "só isso"?

Na verdade, eu nem imaginava que tipo de mãe eu seria, e sei que todos que me conheciam também se preocupavam com isso. Não sou do tipo maternal, que mexe com crianças em mercados, que pede para carregar no colo, enfim, nunca tinha trocado uma fralda até então, mas a responsabilidade e a paixão por aquele bichinho que depende de você mudam tudo.
Nunca imaginei que seria uma dona de casa feliz, que leva filho para a escola, faz lanche para os amiguinhos, almoço, janta, mercado, tudo aquilo enfim, mas realmente não tenho do que reclamar. Entretanto, a gente começa a se sentir inútil, aquela pergunta “o que eu estou fazendo da minha vida, para mim?”, começa como um sussurro, mas depois começa a berrar diariamente em sua cabeça.
E eu precisava de uma resposta satisfatória, afinal. Principalmente depois que meu filho começou a ir para a escola, e comecei a ter um tempo para mim, mesmo que pequeno. Eu não ia conseguir me satisfazer só fazendo o papel da dona de casa, daquela que preferiu se encaixar num papel e se esforça todo o tempo para reproduzir o estereótipo.
E qual seria a solução?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Até agora, quem eu fui...

Bem, tenho lido por aí que as pessoas que escrevem blogs devem se apresentar, e como não fiz isso ainda vou dizer algo a meu respeito, acho que em ordem cronológica, porque infelizmente não sou nenhum Nelson Rodrigues, que escreveu sua autobiografia sem pensar no tempo das coisas.
Com 13 anos quis viver em uma comunidade hippie em Visconde de Mauá (eu sei, eu sei; apenas uma criança). Até consegui por pouco tempo, mas meus pais conseguiram me resgatar. Com 14/15 fui exportada para a casa dos meus tios, mas pouco fiquei por lá, até ir para a casa da família de meu namorado, um pouco antes dos 16. Mas terminamos o namoro quando me apaixonei pelo vocalista da banda dele, e aí fui morar numa pensão. Depois voltei a morar com meus pais, mas com 17 anos já estava morando sozinha (1994/1995), e assim foi até me casar.
E como sobreviver? Bem, minha primeira formação foi como Técnica em Nutrição (GV!!! 1995), depois trabalhei com informática (Data Byte - “um aluno por micro”) e escrevi um livro (Access 2000, hoje deve servir para reciclagem). No final do século passado, fui trabalhar na Livraria Siciliano, foi muito bom, mas saí e fiquei apenas estudando, pois já tinha me formado em Direito e queria prestar um concurso. Meu último emprego foi no Ministério Público Federal, um local que eu sempre sonhei em estar, mas também acabei saindo em 2005, para estudar para outro concurso, mas não trabalhei mais, porque em 2006 engravidei e desde então tenho sido mãe em tempo integral.
Como se pode ver, realmente eu já mudei de rumo várias vezes, e até agora posso dizer que em todos fui feliz, cada um em seu tempo, todos deram prazer, mas depois enjoaram. Sempre admirei aquelas pessoas que, minúsculas, já sabem o que serão “quando crescer”. Até agora, só não enjoei de ser mãe, até porque isso passa a fazer parte de quem a gente é, e por mais clichê que isso possa soar, e eu não goste dos lugares comuns, é um caminho totalmente sem volta.

A inquietude dentro da gente...

E é essa mulher possível que tento ser, assim como a grande parte das mulheres com as quais convivo. Não somos um estereótipo, somos nós mesmas. Somos mães, mas também somos mulheres, namoradas, às vezes Amélia, às vezes paparicada, e sempre assumindo que a imperfeição faz parte da gente, assim como a insatisfação constante, que faz sempre a gente buscar novos caminhos.
O que me trouxe até aqui foi a inquietude, que sempre esteve dentro de mim. Se muitas vezes mudei de rumo, de profissão, de jeito, foi essa inquietude, essa indignação. Quem sabe até onde irei por este caminho que agora comecei a trilhar? Se neste caminho eu conseguir amansar um pouco esse desassossego, se essa inquietude se pacificar ou ganhar algum significado, tenho certeza que esse caminho será, para mim, extremamente promissor.
O que é esse caminho? No próximo post explicarei melhor, agora tenho que ir, outros deveres me chamam (literalmente)!

Mulher possível?

Se você é homem, e acredita que sua mulher é linear, desculpe-me: ou você está sendo enganado e ela disfarça muito bem, ou você não quer enxergar todas as mulheres que estão aí ao seu lado. Ou pior: você está com uma parede, cujos neurônios limitam-se a pensar (???) sempre do mesmo jeito.
Eu sei; você pensou: “se é difícil agüentar uma, e esse monte???” mas amigo, acredite, a melhor maneira de lidar com todas elas, se é isso que você quer, é não esquentar. Se hoje ela quer ver uma comédia romântica, tudo bem, não precisa assistir junto (sei que aí é pedir demais), mas também não questione o QI feminino só pelo fato dela chorar e sorrir vendo aquela baboseira.
Mas a gente sabe que, hoje em dia, há espaço para tudo. Ou seja, se você quer ter ao seu lado “a gostosa” ou “a submissa” (ou melhor, pode juntar as duas?), enfim, você já entendeu, parabéns para você! Se isso lhe faz feliz, é o que basta. E ela? Bem, sinceramente, ela não me preocupa, porque se existe alguém que se presta a fazer o papel de troféu, ela nem merece que você pense na felicidade dela, sinceramente.
Como todos já devem ter percebido, não sou feminista, naquele sentido da palavra de queimar sutiã na praça (até porque isso já passou faz tempo), mas porque também acredito que a gente só acumulou papéis, exigindo-se perfeição em todos, e, vamos falar a verdade, não devemos competir com os homens. Cada um com suas coisas, nós com nossos hormônios, eles com os pensamentos racionais.
Mas acho que hoje temos por aí uma mulher mais real, mais possível, como Isabelle Anchieta, jornalista, que fez uma pesquisa e a esclarece em http://quartamulher.blogspot.com/.
E é com essa mulher que o homem bacana deve saber lidar, e acredito que muitos já sabem. A esse respeito, o melhor conselho é o de um homem, o Fernando Bonassi, escritor, em seu artigo “Para fazer com uma mulher”. Conquista qualquer mulher. Mulheres, digam se estou errada, por favor!
Depois falo mais sobre todas essas que nós somos, todas que estão dentro da gente...

Aqui estou!

Bem, se até agora demorei em escrever um blog, não estou no twitter, nem no facebook, muito menos no orkut, é porque sempre duvidei da capacidade de pessoas que nem lhe conhecem, que nem ao menos nunca lhe viram, se interessarem pela sua vida.
Mas, neste momento, que estou começando uma nova empreitada, resolvi começar a escrever. Quem sabe o que pode acontecer?
Não pretendo usar clichês, não serei a “Bridget Jones de São Paulo” (até porque essa já existe, a Tati Bernardi, e acho ela ótima), não serei a “mulher sensível que aos 30 e poucos anos (no caso, 32) procura um companheiro bacana e que não tenha medo de mulheres fortes” (porque sou casada e não pretendo descasar) ou “estou em crise existencial e quero dividir com todos minhas angústias”... putz, que preguiça desses padrões...
Agora, se o que lhe fez ler esse blog foi seu título, esclareço suas razões: se você é mulher, provavelmente já entendeu a idéia, afinal, nunca somos uma só, nem fazemos uma coisa por vez. Estamos aqui, mas também estamos pensando em outras coisas, fazendo outras coisas, até mesmo lendo sei lá mais quantos blogs... Hoje acordamos romântica, amanhã punk, e até o final de semana, sabe-se lá quantas ainda passarão por dentro de nós. Somos assim, e ponto. Isso não é fruto de crise existencial. Isso é o que somos, e sempre seremos, mesmo quando chegarmos à quarta idade.
E para os homens? No próximo post falo sobre isso...