Bem, a primeira coisa que devo dizer é que se há muito não escrevo, há uma razão: férias que não acabam, e filho exige muuuito da gente...não estou reclamando, é apenas um fato, e todos sabem: contra fatos não há argumentos...
Mas quanto ao meu “empurrãozinho”, estava eu dizendo àquela senhora que meu desejo mesmo era ficar rica e não trabalhar mais, só estudar, fazer cursos, enfim, vida de madame com cérebro, entendem?
Mas ela me interpelou, indignada: o que é isso? Uma pessoa tão jovem, já querendo se acomodar? A vida oferece muito, não dá para ficar vivendo como madame! Eu tentei me explicar, dizendo que já tinha feito demais, trabalho desde os 14 anos, enfim; mas começamos a conversar, e ela disse que eu a emocionei, por fazê-la pensar naquele velho dilema: o que fiz de minha vida? Qual seria meu legado moral? Mas, com toda a trajetória dela, se ainda havia tais questionamentos, realmente ali estava uma mente inquieta, e foi nisso que me identifiquei. Ela então me aconselhou: ache algo que você goste, e faça, pois seus olhos dizem que você não vai continuar parada, sendo “apenas mãe”. Eu lhe confessei que não sentia mais prazer no Direito, mas também não havia outra ocupação que naquele momento me interessasse.
Eu tinha que achar uma profissão pela qual eu me apaixonasse novamente, que me deixasse encantada, com brilho nos olhos. Naquele conselho, vi minha avó falando através daquela senhora, minha avó que se foi no fim do ano passado, mas a quem eu devo tudo que sou.
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