Na verdade, eu nem imaginava que tipo de mãe eu seria, e sei que todos que me conheciam também se preocupavam com isso. Não sou do tipo maternal, que mexe com crianças em mercados, que pede para carregar no colo, enfim, nunca tinha trocado uma fralda até então, mas a responsabilidade e a paixão por aquele bichinho que depende de você mudam tudo.
Nunca imaginei que seria uma dona de casa feliz, que leva filho para a escola, faz lanche para os amiguinhos, almoço, janta, mercado, tudo aquilo enfim, mas realmente não tenho do que reclamar. Entretanto, a gente começa a se sentir inútil, aquela pergunta “o que eu estou fazendo da minha vida, para mim?”, começa como um sussurro, mas depois começa a berrar diariamente em sua cabeça.
E eu precisava de uma resposta satisfatória, afinal. Principalmente depois que meu filho começou a ir para a escola, e comecei a ter um tempo para mim, mesmo que pequeno. Eu não ia conseguir me satisfazer só fazendo o papel da dona de casa, daquela que preferiu se encaixar num papel e se esforça todo o tempo para reproduzir o estereótipo.
E qual seria a solução?
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