Bem, tenho lido por aí que as pessoas que escrevem blogs devem se apresentar, e como não fiz isso ainda vou dizer algo a meu respeito, acho que em ordem cronológica, porque infelizmente não sou nenhum Nelson Rodrigues, que escreveu sua autobiografia sem pensar no tempo das coisas.
Com 13 anos quis viver em uma comunidade hippie em Visconde de Mauá (eu sei, eu sei; apenas uma criança). Até consegui por pouco tempo, mas meus pais conseguiram me resgatar. Com 14/15 fui exportada para a casa dos meus tios, mas pouco fiquei por lá, até ir para a casa da família de meu namorado, um pouco antes dos 16. Mas terminamos o namoro quando me apaixonei pelo vocalista da banda dele, e aí fui morar numa pensão. Depois voltei a morar com meus pais, mas com 17 anos já estava morando sozinha (1994/1995), e assim foi até me casar.
E como sobreviver? Bem, minha primeira formação foi como Técnica em Nutrição (GV!!! 1995), depois trabalhei com informática (Data Byte - “um aluno por micro”) e escrevi um livro (Access 2000, hoje deve servir para reciclagem). No final do século passado, fui trabalhar na Livraria Siciliano, foi muito bom, mas saí e fiquei apenas estudando, pois já tinha me formado em Direito e queria prestar um concurso. Meu último emprego foi no Ministério Público Federal, um local que eu sempre sonhei em estar, mas também acabei saindo em 2005, para estudar para outro concurso, mas não trabalhei mais, porque em 2006 engravidei e desde então tenho sido mãe em tempo integral.
Como se pode ver, realmente eu já mudei de rumo várias vezes, e até agora posso dizer que em todos fui feliz, cada um em seu tempo, todos deram prazer, mas depois enjoaram. Sempre admirei aquelas pessoas que, minúsculas, já sabem o que serão “quando crescer”. Até agora, só não enjoei de ser mãe, até porque isso passa a fazer parte de quem a gente é, e por mais clichê que isso possa soar, e eu não goste dos lugares comuns, é um caminho totalmente sem volta.
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