terça-feira, 4 de outubro de 2011

É um favor?

Por que ainda pedimos ajuda? Não, não estou lutando pela auto-suficiência. Já absorvi que somos feitos para viver em grupos, e isso é positivo.

Estou falando da relação com os maridos. Nós avançamos, eles também, não parece mais haver papéis estagnados.

Mas ainda estamos sobrecarregadas, no geral. E sei que esse post não mudará a situação, apenas escrevo porque vejo que é algo que está na cabeça de muitas de nós.

Enquanto eu ainda não trabalhava formalmente - e queria muito conseguir um emprego - uma amiga disse: "Você só vai acumular funções, vai ver. Não vai ser pelo fato de trabalhar numa empresa que as suas responsabilidades com a casa e com a prole vão diminuir." E ela tinha razão. Mesmo quando trabalhamos, se o filho fica doente, quem sacrifica o dia de trabalho, em geral, é a mãe, e parece que nem há o que se pensar. Será a mãe que ficará com o filho, e pronto.

E eu nem posso reclamar, porque tenho por aqui um super-marido-pai presente e participativo. Mas ainda assim, me vejo pedindo "favor", quando falo: "Você pode escovar os dentes dele hoje?" ou "Precisarei que você fique com ele para que eu vá num evento profissional, nessa semana."

Será que um dia isso será mais equilibrado? Ou mãe é mãe, e pronto?

4 comentários:

  1. Deixa o menino ir dormir e pergunta pro papai "vem cá, você não viu que ele não escovou os dentes? Se eu não vejo, você também não vê?" Não precisa ser com o rolo de macarrão na mão, trata-se de mudar a postura de quem está pedindo favor para a de quem está cobrando a divisão das responsabilidades.

    ResponderExcluir
  2. às vezes, chego à mesma conclusão que vc de que mãe é mãe e pronto... Também tenho um super-marido-pai, mas acontece o mesmo por aqui...
    Abraço
    Sofia

    ResponderExcluir
  3. Ana, não vejo muita solução...é cultural e está consolidado. Por mais participativos que eles sejam as prioridades são outras. Eles não deixariam morrer de fome, mas lembrar de escovar os dentes só pedindo mesmo por favor...

    ResponderExcluir
  4. Olha, acho que nas responsabilidades com a casa, isso pode e deve ser equilibrado, mas em relação aos filhos... hum... tenho a impressão de que mãe é mãe, mesmo. Falo como filha, já que não sou mãe. Quer dizer, pai é legal, e tals, mas quando o filho fica doente, é a mão que ele geralmente quer por perto cuidando dele...

    Nunca disse que o mundo é justo! Rsrsrsrs!

    Bjs!

    ResponderExcluir