quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Processar quem?

A notícia de inserção, na nossa Constituição, do direito à felicidade, me fez pensar. A proposta é do Senador Cristovam Buarque, político que admiro. Pelo que li, a ideia dele não é inserir o direito à felicidade, e sim, como na Constituição americana, o direito à procura da felicidade como essencial ao ser humano.

Mas o jornal apresentou a ideia questionando o seguinte: felicidade é direito ou conquista? O que também tem a ver com um texto da Eliane Brum muito comentado na internet, e que também gostei demais.

Para mim, felicidade não é direito, nem nunca vai ser. Felicidade é conquista, e das grandes, principalmente pelo fato de que ninguém pode chegar lá, além do próprio interessado. Mas também não é obrigação, o que parece estar na moda.

Se somos ou não felizes, ninguém pode nos ajudar nisso. Assim como não podemos responsabilizar o outro, pela falta da felicidade. 

Isso é um aprendizado de vida. Para mim, ao menos. Porque já tive épocas de acreditar que alguém poderia me ajudar a ser feliz. É claro que há pessoas que nos fazem e nos deixam felizes, assim como há outros que parecem servir apenas para nos lembrar como a vida pode ser difícil.

Acredito que a felicidade, assim como o sentido da vida, é um dos grandes mistérios que estamos aqui para entender. Talvez nunca entendamos, ou melhor ainda, continuemos com dúvidas até nosso último suspiro.

Mas que a felicidade é algo totalmente individual, na conquista, sobre isso eu não tenho mais nenhuma dúvida. E você, o que acha da "tal" felicidade?

2 comentários:

  1. Acho que é direito E conquista. Todos têm o direito de tê-la (de ninguém é vetado este direito)... Agora, se vão gozá-la efetivamente... isso é uma questão de conquista. Ou não?

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  2. Tenho aprendido sobre felicidade e acredito que, como vc. mesma disse, aprenderei até meu último suspiro. Já responzabilizei muitas pessoas pela falta dela e me confraternizei com outras pela presença dela. Hoje, prefiro acreditar que a minha felicidade é um quadro totalmente branco que,diariamente, me convida a pintar as cores, os desenhos e a minha paisagem intima da melhor forma que eu puder.Acredito que para cada um de nós a "tal" felicidade representa um papel diferente. Claro que em alguns momentos ela é igual para todos, o bem estar comum que para mim, é o que diz a lei. Mas, a sua própria felicidade é buscar, a cada dia, motivos para viver os próximos sabendo que haverão situações que nos parecerão insuportáveis, mas termos aí, a serenidade de saber que passará e um novo quadro se apresentará para ser pintado. "Só tua alma distingue seus diferentes passos", disse Mário Quintana, o poeta que admiro tanto. E concordo com a frase...cada um de nós é que quem saberá distinguir os caminhos que nos farão ou não felizes.Tenho que ser feliz com outro e não no outro. Felicidade realmente não é uma obrigação. Prefiro acreditar que seja um dia, quem sabe, conseguirmos dar a última pincelada no quadro e dizermos a nós mesmos: consegui,cheguei lá, fui capaz! Abraços, minha linda!

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