terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mil inseguranças...

Quando engravidei pela primeira vez, já tinha pedido exoneração, não era mais funcionária pública, então não passei por tudo que passa uma grávida que está trabalhando formalmente.

Mas dessa vez  é diferente. E agora se aproxima o grande dia, e depois disso a época da licença maternidade, e depois disso, a volta.

Esse é um post que eu gostaria de escrever no anonimato, pois não estou escrevendo para fazer média com a empresa, ou nada disso. É realmente uma forma de compartilhar com outras pessoas o que estou sentindo, e que tenho certeza, encontrará ecos por aí.

Ainda trabalhando, mas já sabendo do período de afastamento e de que um dia terei que voltar, mil sensações e inseguranças passam por mim, tanto em relação ao trabalho como pela perspectiva "maternal": será que a empresa não vai mais precisar de mim? Será que, depois de tanto tempo fora, quando eu voltar ainda terei um espaço? Será que arranjarão outra pessoa para fazer o que eu faço? Vou ser mandada embora assim que voltar? Como conseguirei conciliar da melhor forma possível um bebê e o trabalho? (e nesse aspecto ainda sou muito abençoada, pois meu trabalho é mais home office que in loco). O que farei com o pequeno?

E para piorar um pouco as inseguranças, ainda tem o seguinte: adoro meu trabalho, a empresa, o que faço. Porque se eu não gostasse muito, seria mais fácil, e até se rolasse uma demissão, não seria complicado. Mas eu também adoro ser mãe e quero ser, para esse filho que está chegando, uma mãe presente, como fui para o mais velho, ou seja, amamentar até os 2 anos, não terceirizar a criação, estar disponível.

Hoje vejo como me sinto feliz trabalhando, ganhando um dinheirinho, me sentindo útil de outra forma que não como mãe/esposa. E sei que seria difícil, de verdade, perder esse emprego. Não gostaria que isso acontecesse. O que sinto é o seguinte: queria realmente conseguir estar disponível e presente nos dois papéis, e exercê-los da melhor forma possível.

Sei que pensar nisso agora, e pior, sofrer com isso, não vai resolver ou mudar nada do que acontecerá. Então sigo fazendo o que está ao meu alcance, e tentarei administrar o que virá.

Boa sorte para todas nós, que administramos tantas coisas ao mesmo tempo!

3 comentários:

  1. Ana,
    Esse momento e realmente difícil. Quem falar o contrário e pq ou nao passou por isso ainda ou deixou uma das esferas para la ... Quem quer fazer tudo direitinho encontra muitas adversidades .... Mas tenho certeza de que vc conseguira supera-las. Agora morando fora, sem carro e sem ajuda para fazer nada percebo q somos mais fortes do q imaginamos. Força e se precisar d alguma coisa, mesmo longe estou a disposição ! Bjs ! Suzana

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  2. Eu também já passei por essa mesmíssima situação, com exceção de não ter outro filho. Hoje sinto falta de ficar um pouco mais com minha filha, o que é um pouco difícil por trabalhar longe de casa, porém, deixar de trabalhar traria muita dificuldade em casa, então... vivo da melhor forma possível, aproveito cada segundo com minha filha e, sim, é possível ser mãe e trabalhar fora; difícil, mas não impossível.

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  3. Me avisa qdo nascer! e to aqui se precisar de QQ coisa! bjao

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