Um post da Balzaca Materna divulgou uma pesquisa de Harvard que fala basicamente o seguinte: a culpa das mulheres não chegarem aos topos de suas carreiras não é dos filhos, mas sim do marido. A ideia é que a mulher acaba priorizando a carreira dele, ao invés de priorizar a dela.
Não passei nem perto de Harvard e sempre acreditei nisso.
Mas como sempre prefiro fazer, vou um passo além. E fui inspirada a escrever algo que há muito queria falar. Não há culpa na história. Há escolhas mal feitas, porque mal pensadas, e arrependimentos.
E normalmente o arrependimento anda de mãos dadas com a culpa.
Quando escolhemos, e acredito que esteja falando com adultos, sabemos que há um preço. Sempre há. Em qualquer caminho. E normalmente, ao decidirmos sobre algo, costumamos não pensar no preço. É só quando chega a fatura que nos conscientizamos dele. Mas aí já fomos pegos desprevenidos.
Isso acontece o tempo todo. Pode ser que não paguemos o preço por um longo tempo. Mas a fatura sempre chega.
Nesse momento, se a escolha foi consciente, bem planejada, haverá saldo pra quitar o preço exigido.
Mas se a escolha aconteceu e não se ponderou o suficiente para perceber que
as renúncias caberiam na vida, então procuramos alguém para culpar.
Eu tenho certeza que sou responsável pelo que escolhi para mim. Abandonei carreira porque EU seria mais feliz ficando com meus filhos. E nunca poderei culpar ninguém por isso. Nem a mim, principalmente! Porque não há culpa, e sim responsabilidades e consequências!
O que falta é consciência plena quando se opta por um caminho. E quando rola um arrependimento, bora culpar outro por isso? Se a escolha fosse bem pensada, cada um assumiria seus passos e as consequências deles.
Ah, então isso quer dizer que não podemos fazer escolhas erradas?
De jeito nenhum! Isso apenas quer dizer que, feita suas escolhas, assuma suas consequências. Você!
Enquanto entregamos a nossa fatura para alguém pagar, enquanto não assumirmos que apenas nós somos os responsáveis pelo que nos acontece, ficaremos procurando culpados. Exceto claro situações sobre as quais não temos controle, os famosos acidentes, e eles são milhares todos os dias. Mas isso é assunto para outro post gigante.
Por outro lado, se assumirmos nossas responsabilidades quanto aos caminhos que escolhemos, com certeza saberemos lidar com as consequências da escolha. E até mudarmos o trajeto, sem procurar alguém para apontar o dedo.
E quando nesse processo encontramos parcerias, pessoas com as quais podemos compartilhar nossos medos, acertos e erros, aí é bom demais! Eu, ainda bem, e como já disse uma amiga, encontrei um homem bom de verdade, bom em essência, para essa parceria! Então eu assumo. Abandonei minha carreira porque era melhor para mim, naquele momento. E isso não quer dizer que ela estará abandonada para sempre!
E afirmo: demorei muito para chegar nisso. E o amor tem tudo a ver com isso, como já escrevi aqui. A vida foi muito boa e me deu inúmeras chances para perceber que podemos mudar quando quisermos. Basta querer e agir!
E sempre há tempo para lembrar: não tem parceria pronta, nem perfeita! Relacionamentos são construções diárias!
E sempre há tempo para lembrar: não tem parceria pronta, nem perfeita! Relacionamentos são construções diárias!
Tomara ainda haja muitas chances para todos nós, porque a vida é boa demais, mas só para quem vive!
É, quando falta amor não resta mais nada! Bonito texto e bom para uma reflexão sobre nossas escolhas, responsabilidades e consequências! Ainda tenho muito para aprender!
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