quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Quem (não) gosta de televisão? E de comercial?

Eu adoro televisão! Sempre adorei, desde criança, e hoje há ainda mais possibilidades.

Como mãe, já tive várias fases: proibir desenhos, ver apenas dois por dia, deixar à vontade mas incluir outras atividades, enfim... As fases iam se alternando conforme  minha necessidade e culpa a época, e eu ia decidindo o que achava melhor.

Todas as crianças gostam de desenhos, e sei que há muitas opções boas, principalmente na TV fechada. Meu mais velho já teve a fase Discovery Kids, mas um dia, seus desenhos ficaram bobinhos pra ele, e os do Cartoon, cujos personagens eram totalmente desconhecidos, tornaram-se os mais interessantes.

No Cartoon há coisas boas, claro. Mas há um inconveniente imenso, e pelo que já avaliei entre todos os canais a cabo, é o que mais tem propaganda. E nessas épocas, de Dia das Crianças e Natal, é um verdadeiro bombardeio. Já contei no relógio: quase 6 minutos de propaganda "É muito legal!" "Leve já pra sua casa!" "Seu mais novo amigo!" e coisas do tipo! Seis minutos! Mas se a TV já é paga, por quê tanto comercial? Enfim, discussões, capitalismo e ideologias à parte, vejo nisso um abuso imenso!

A Sam Shiraishi, do blog A Vida como a vida quer, me sugeriu: Netflix! Mas aqui em casa, se eu inventar pagar mais alguma coisa, para ver mais televisão, mesmo que seja no computador, comprarei uma briga que não estou disposta...E não quero abrir mão da TV a cabo (que na verdade aqui é por satélite!)...

Então, já que não vivemos numa bolha e meu filho vai mesmo ser exposto à televisão, resolvi mostrar a ele, assistindo aos desenhos e às propagandas ao seu lado, o que era o quê (pois especialistas defendem que crianças não diferenciam uma coisa da outra), e quantas mentiras são contadas nos comerciais. E deu certo, acreditem! 

Depois de um tempo de "catequização", ele mesmo começou a questionar: "Mamãe, o brinquedo não faz isso de verdade, né? Isso foi o computador que fez!" E sempre que vou a uma loja de brinquedos com ele, faço questão de mostrar que aqueles brinquedos que parecem andar, voar, explodir, na vida real nada daquilo faziam. 

Com isso, ele mesmo tornou-se um crítico do excesso de propagandas, e não só nos canais de sua preferência, pois quando assistimos documentários no Discovery, National e etc., ele observa que também ali há muita propaganda.

No final, aproveito a mistura entre coisas boas (diversão/informação) e coisas ruins (comerciais em excesso) para educar o meu filho: sejamos críticos ao que nos oferecem! Até porque, na vida real, é sempre assim: o bom e o ruim estão ali, lado a lado, juntos, misturados, dividindo os mesmos espaços. 

Assim, acredito ser a melhor pessoa para ensinar meu filho a desenvolver seu senso crítico, pois sempre temos que avaliar aquilo que nos está sendo colocado, e com isso conseguir distinguir os vários lados de uma mesma questão.

Como sempre nos dizia um professor: "Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa." Grande filósofo!

2 comentários:

  1. É bem verdadeiro seu texto.Sempre tive essa opinião, mas não sabia como "verbalizar" essa minha maneira de encarar esse tipo de realidade que entra nas nossas casas todos os dias e permitimos que, muitas dessas propagandas, nos subornem e bos tirem um pouco da realidade. Estou falando de adultos. Em crianças., com certeza, o estrago passa a ser maior já que lhes falta a vivência para distinguir o que realmente vale a pena. Ensinando, eles aprendem a serem mais críticos e saber escolher! É por aí. Educar é, principalmente, participar da vida dos filhos! Feliz de quem pode! Gostei muito.

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  2. Faço curso de publicidade e propaganda e eu estou querendo fazer um artigo sobre o motivo pelas quais as pessoas encontram aversões por propagandas quando muitas vezes mudam de canal na televisao, ou ¨passam¨ a folha de revista quando descobrem que é algum anuncio. O teu texto me ajudou muito, e quero lá na frente poder influenciar as pessoas de modo que eu faça trabalhos com consciencia. Obrigada por mesmo sem perceber ter me ajudado. bjs.

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